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0056 | I Série - Número 005 | 28 de Setembro de 2006

 

esgrimir argumentos!!
Como estava a dizer, ainda por cima, este crescimento, pela primeira vez de há muitos anos, é "puxado" pelas exportações! E os Srs. Deputados lembram-se do que disse o Dr. Marques Mendes, quando vim aqui apresentar um orçamento que previa um crescimento de 5,7% para as exportações? Disse que isso era completamente irresponsável - isto já para não falar do que disse o Dr. Miguel Frasquilho sobre as exportações: "Isso é uma mentira, isso é um logro!" Afinal de contas, nestes seis meses, as exportações cresceram, não 5,7%, nem 6%, nem 7%, mas 8%, o que é uma marca absolutamente extraordinária em relação aos últimos anos.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): - E quanto ao investimento?

O Orador: - É verdade que a economia portuguesa tem uma debilidade no que diz respeito à construção e esta última é que está a "puxar para baixo" o investimento. Mas lá chegaremos, Sr. Deputado, lá chegaremos!
A verdade é que o que estamos a fazer é uma operação que, ao mesmo tempo, põe em ordem as contas públicas mas também "puxa" pelo crescimento. E não se pode exigir tudo no espaço de um ano.

O Sr. Presidente: - Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Orador: - Todos os que olham com atenção a situação económica e política do País estão absolutamente surpreendidos pelo que são os resultados do Governo, quer no campo da economia propriamente dita quer no campo das contas públicas.
Se o Sr. Presidente me permite, vou gastar só mais uns segundos.
Os Srs. Deputados lembram-se de quando o Sr. Deputado Marques Mendes e o Sr. Deputado Frasquilho vinham dizer…

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): - Sr. Primeiro-Ministro, e quanto ao investimento?

O Orador: - Então, já não falo no Deputado Frasquilho que fazia sempre comparações entre a execução orçamental e o Orçamento do ano passado, sem entrar em conta com o Orçamento rectificativo.
Como dizia, argumentavam que a despesa estava descontrolada, que estava a "subir 12 vezes", conforme afirmava o Deputado Marques Mendes. Quinze dias depois, o mesmo Deputado Marques Mendes veio dizer que "a despesa está descontrolada; está a crescer duas vezes mais do que está previsto no Orçamento" - passou de 12 para 2! Isto é uma mentira, mas que só vai durar quatro meses porque, chegando ao fim do ano, o Sr. Deputado vai reparar que a despesa, se não for menor, vai corresponder exactamente ao que está previsto no Orçamento do Estado!
É por isso que, francamente, entendo que a oposição também tem de considerar o que é o discurso realista sobre a economia portuguesa. Ora, a verdade é que estes seis meses foram positivos para a economia e para as contas públicas, em Portugal.

Aplausos do PS.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): - Sobre o investimento: nada!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Strecht.

O Sr. Jorge Strecht (PS): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, esta minha intervenção pressupunha uma outra por parte do PSD, a qual, afinal, não aconteceu. Como é evidente, renderam-se, o KO é total, já não puderam falar sobre o tema que aqui nos traz.
Seja como for, já agora, não me custa muito salientar pelo menos um aspecto que me parece divertido.
Que os membros das bancadas da direita, que há muito tempo tentam "morder" o sistema, alguns dos quais à espera de alguns "nacos" apetecíveis…, digam o que dizem, não é paradoxal, parece-me razoável - provavelmente é coerente com o seu ponto de vista filosófico, cosmogónico, etc. -, mas o que, sinceramente, considero mais espantoso é que as bancadas à minha esquerda não reconheçam o esforço das medidas que o Governo toma neste domínio, porque são todas equânimes…

Protestos do Deputado do BE Luís Fazenda.

Sr. Deputado, não diga isso! O senhor sabe que as medidas são equânimes porque visam mais equidade, mais solidariedade e garantia do próprio sistema, que a não ser garantido abre campo, como é evidente, aos partidos da direita para a cobiça que há muito tempo têm.
Portanto, os senhores desculpem, mas, no mínimo, deveriam reconhecer, independentemente das propostas concretas que possam ter formulado - e afinal, não são muitas; no fundo, tudo se resume a uma