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35 | I Série - Número: 035 | 12 de Janeiro de 2007

taxas de juro. Quer dizer, o Banco Central determinou as taxas de juro…

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — E quem é que autoriza o Banco Central?!

O Orador: — … e a verdade é que o PCP, se governasse como governa no Barreiro, recusaria esse aumento e nem faria qualquer ajustamento das taxas de juro do Banco Central! Em matéria de seriedade, Srs. Deputados, estamos muito conversados, com alguns destes exemplos.
O que mais preocupa o PCP também não é, relativamente ao défice, que ele esteja controlado. O que o PCP queria era que houvesse esse descontrolo, porque «as boas contas fazem os bons amigos», fazem a confiança e também fazem o emprego. O que verdadeiramente o PCP queria era que o Governo não tivesse esta política, tivesse aumentado o desemprego e tivesse acontecido o contrário do que está a acontecer, ou seja, mais emprego e melhor emprego, em Portugal.
Aliás, nessa matéria, estão em pé de igualdade com o PSD, porque o PSD já se sabe que é um recordista do desemprego. Quer no período de 1985 a 1995 quer nestes últimos anos, os recordistas do desemprego, em Portugal, foram os governos do PSD. É isso que revela uma grande falta de seriedade e espírito de autocrítica, neste debate.
Mas a verdade é que há crescimento e que o PSD, tal como o PCP, também não queria que ele existisse.

Risos do PSD.

E não queria, porquê? Porque, como aconteceu nos anos anteriores, queria sustentar um nicho de mercado, pelos motivos mais negativos.

Protestos do PSD.

Mas a verdade é que há crescimento — um crescimento sustentado nas exportações e no investimento!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Qual investimento?

O Orador: — E há, sobretudo, algo que incomoda muito o PCP: confiança! Confiança nos portugueses e nos investidores. E foi isso que permitiu ao Governo aumentar as pensões aos mais desfavorecidos,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Só a 20 000!

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — Onde estão os outros 400 000 beneficiários? O que é feito deles?

O Orador: — … fazer políticas para o complemento solidário para idosos e garantir para as próximas décadas as reformas de quem trabalha. Ora, isto incomoda-os muito, mas o que mais os incomoda é que a própria CGTP tenha feito um pacto com o Governo em matéria de salário mínimo. Estão contra isso!

Vozes do PCP: — Quem estava contra era você!

O Orador: — Não concordaram com essa concertação social! E vieram fazer aqui uma política negativa.

Protestos do PCP.

É evidente que não referiram aqui que o Governo estipulou uma taxa de juro máxima de 0,5% para amortização dos empréstimos e fez arredondar à milésima o cálculo das taxas de juro.
Vieram aqui falar nos transportes — pois vamos aos transportes! —, mas não falaram, por exemplo, na Carris.

Vozes do PCP: — Falámos, sim!

O Orador: — Falaram?! Mas não disseram que o aumento máximo dos transportes na Carris — o máximo! — é de 2,1% e que quem compra o bilhete a bordo teve um aumento de 10 cêntimos. E também não disseram que quem compra o passe teve um aumento zero!! Isto é que o PCP não diz e isso é que atesta grande falta de seriedade! Por isso, quero dizer ao Governo que faz bem em prosseguir esta linha, uma linha que contradiz o PCP.
É que da baixa do preço dos medicamentos em 6% o PCP não gosta; das unidades de saúde familiar o PCP não gosta; do aumento da validade dos manuais escolares e até da distribuição gratuita de manuais escolares às famílias mais carenciadas o PCP não gosta; de refeições escolares para milhares e milhares