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19 DE JANEIRO DE 2007

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de antes do 25 de Abril e com o 25 de Abril, existiu sempre e tem direito à vida. Certo, não tem direito a «predar», a «morder», no Serviço Nacional de Saúde. Que siga a sua vida! Não nos meteremos com ele, se bem servir os portugueses. Mas que não se meta com o Serviço Nacional de Saúde, que não o explore, que não o vilipendie! Não, Sr.as e Srs. Deputados! O Serviço Nacional de Saúde é um bem para todos nós — para o Governo e para o partido que apoia o Governo.

Aplausos do PS.

É um bem que acalentamos, é um bem que não aceitamos seja desgastado, nem «metido no frigorífico», nem «liofilizado». Tem que ser sempre desenvolvido, acarinhado, acalentado, melhorado.

Aplausos do PS.

Outro discurso tem a ver com a figura grega da Cassandra: tudo vai mal, o clima é péssimo, a impopularidade do Governo é enorme! E, todavia, as sondagens são o que são. E, todavia, o Ministro da Saúde, todos os dias, passa meia hora na rua e é cumprimentado por todas as pessoas que vê e sem qualquer espécie de problema.

Aplausos do PS.

Vozes do PCP: — Oh!

O Orador: — Estranhamente, calou-se já a queixa, feita há três ou quatro meses, de que estávamos a cortar nos medicamentos, a cortar no progresso, a cortar na inovação terapêutica. Ouviram alguma coisa sobre isso, hoje?… Já se esqueceram, já passou… É que não era verdade, não foi verdade. O que houve foi uma política de rigor, que facultou o acesso à inovação e faculta a modernização.
Depois, as «Cassandras» falam na imagem anatómica do SNS retalhado, cortado!… Não, Sr.as e Srs.
Deputados, o SNS está fisiologicamente saudável, anatomicamente intocável, mais ágil, com menos «gordura», está mais capaz dos desafios de hoje, de amanhã e de daqui a 10 anos!

Aplausos do PS.

Lamento, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o falhanço desta interpelação. Tanto haveria a analisar, a debater e a discordar, Srs. Deputados.
Querem exemplos? O dilema das novas doenças: a gripe das aves como vamos tratar? Como vamos mobilizar a sociedade? A infecção hospitalar, que é um grande drama da saúde do século XXI? O dilema da inovação tecnológica. Como vamos pagar a vacina do papilomavírus humano, que custa 230 milhões de euros só a 40% de comparticipação? Vamos optar pela vacina do papilomavírus humano ou pela bomba difusora para diabéticos?

O Sr. António Filipe (PCP): — Tem de fazer um referendo!

A Sr.ª Zita Seabra (PSD): — Isso é para ser discutido na Assembleia?!

O Orador: — Ou para os novos produtos oncológicos? Ou para os novos produtos biológicos para os três tipos de artrite? Ou como é que vamos resolver a instabilidade futura: vamos manter hospitais como temos ou vamos, como se vê cada vez mais na literatura estrangeira, aumentar a cirurgia de dia, aumentar a hospitalização de dia? Como vamos articular hospitais e centros de saúde? Amanhã, Srs. Deputados, convido os que quiserem ir ao Hospital Santa Maria, onde vai haver uma reunião da Lisboa Setentrional, em que esse grande hospital, esse monstro, muitos anos fechado à comunidade, se vai abrir aos centros de saúde e com eles discutir o futuro integrado da saúde. Convido-vos, venham lá!

Aplausos do PS.

Tanto havia a debater sobre o financiamento do Serviço Nacional de Saúde, sobre a margem que ainda há para ganhos de eficiência… Esperei até ao fim para ouvir e a intervenção final, Sr. Deputado António Filipe, não trouxe mais do que «roupa velha», mais despesa com medicamentos… Nenhuma inovação, Sr. Deputado! Nada que seja viável! Ó Sr.as e Srs. Deputados, esta interpelação espelha, afinal, o fracasso da iniciativa do partido interpelante.