13 | I Série - Número: 059 | 15 de Março de 2007
Protestos do PSD.
O Orador: — Quando V. Ex.ª fala da proposta do Sr. Deputado Marques Mendes de reduzir os impostos e diz que isso não é uma irresponsabilidade, não me cabe a mim responder,…
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Cabe, cabe!
O Orador: — … porque não é dirigido, certamente, à bancada do PS. A reacção a essa proposta foi instantânea e imediata da parte da ex-Ministra das Finanças do governo de V. Ex.ª, a Dr.ª Manuela Ferreira Leite, que veio, de imediato, classificar de absolutamente irresponsável essa proposta.
Vozes do PS: — Muito bem!
Protestos do PSD.
O Orador: — Sr. Deputado, no que se refere à questão do desemprego, vamos aos números.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já terminou o seu tempo.
O Orador: — Termino já, Sr. Presidente.
Durante os três anos da coligação de direita o número de desempregados subiu 177 000, ao passo que durante a vigência deste Governo o número de desempregados subiu, é verdade, mas apenas 46 000! Há, no entanto, uma diferença substancial, não ao nível do desemprego, mas do emprego: é que enquanto no tempo de VV. Ex.as havia uma diminuição do emprego, desde que este Governo entrou em funções houve um aumento líquido de 48 400 postos de trabalho. Sabe o que isto quer dizer, Sr. Deputado? Significa que, desde o início desta Legislatura, há, por hora, mais 4 portugueses com emprego!
Aplausos do PS.
O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — É ficção científica!
O Orador: — São dados do INE, Sr. Deputado! Desde o primeiro trimestre de 2005 até ao quarto trimestre de 2006 o número de postos de trabalho aumentou, em termos líquidos, 48 400, o que significa mais 2689 pessoas empregadas por mês, mais de 90 pessoas empregadas por dia e que, a cada hora que passa, têm emprego mais 4 portugueses do que os que tinham no início da hora.
Protestos do PSD.
Quando este debate começou, havia, em média, mais 4 portugueses à procura de emprego do que neste momento.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Pais Antunes.
O Sr. Luís Pais Antunes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Afonso Candal, ouvi com atenção as suas palavras e, por uma razão de cortesia, o início da minha resposta é um agradecimento ao esforço e ao mérito que me atribuiu pela minha intervenção.
O Sr. Afonso Candal (PS): — É devido!
O Orador: — Diz o ditado que «elogio em boca própria é vitupério». Tenho a dizer que «elogio vindo da bancada do PS é cemitério», pelo que prefiro não receber elogios da bancada do PS.
Quanto à questão das contas, o Sr. Deputado Afonso Candal, os seus colegas de bancada e o Governo que apoiam têm demonstrado qualidades iméritas em matéria de ilusionismo. Muitas vezes me pergunto se estou assistir à realidade ou a uma encenação.
Vir agora dizer que, afinal, o Governo conseguiu alcançar um resultado verdadeiramente fantástico, porque está a criar não sei quantos empregos por hora,…
O Sr. Afonso Candal (PS): — São 4!