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29 | I Série - Número: 090 | 1 de Junho de 2007

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Mais vale tarde do que nunca!

O Orador: — A resposta é simples: não, isso não está nas intenções do Governo e não vamos fazêlo. Espero que considere a minha resposta clara.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não se esqueça que registámos!

O Sr. António Filipe (PCP): — Vou mandar emoldurar este Diário!

O Orador: — Depois, Sr. Deputado, mais uma vez, não estamos de acordo, porque acho que este programa é a solução para muitos problemas e pode dar um contributo à economia e à formação. O que pensarão os alunos, os professores e aqueles que estão inscritos na iniciativa Novas Oportunidades quando o ouvem desvalorizar um programa…

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Ninguém desvalorizou!

O Orador: — … que é aqui anunciado, dizendo…

Protestos do PCP.

Ó Srs. Deputados, oiçam um minuto! Não se excitem que eu também vos oiço em silêncio! Repito, o que dirão essas pessoas quando ouvem o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa dizer que a apresentação deste programa é apenas para ocultar e desviar as atenções dos reais problemas do País?! Estão enganados, Srs. Deputados! Estes são problemas do País. Criar condições de acessibilidade a computadores e à banda larga é contribuir para que largas faixas da nossa sociedade possam estar melhor incluídas na nossa comunidade nacional, é fazer um esforço não apenas para a competitividade da nossa economia mas também para que a cidadania seja mais exercida em Portugal. Portanto, não estou de acordo com essa desvalorização e acho que o Sr. Deputado cometeu um erro ao marginalizar este assunto.
Depois, Sr. Deputado, sejamos claros: tenho a minha linha política que não é igual à sua, espero que o entenda. Agora, a pretensão que o Sr. Deputado tem de que a sua linha política é que é verdadeiramente de esquerda e representa todos os trabalhadores é uma tese que nunca foi provada em nenhuma eleição em Portugal! Em nenhuma!

Aplausos do PS.

Eu não tenho a arrogância de considerar que a minha linha política é seguida pela maioria dos trabalhadores portugueses;…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Essa agora!

O Orador: — … o que lhe peço é igual humildade. O Sr. Deputado não pode apresentar-se aqui como sendo o Deputado e pertencendo ao partido que defende os trabalhadores portugueses. Peço desculpa mas isso é que é sobranceria e arrogância. E o Sr. Deputado e o seu partido também deviam revelar, neste momento, mais humildade e analisar por que razão a greve teve o efeito que teve. Todos viram o efeito da greve, Sr. Deputado!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Mas qual foi?

O Orador: — Olhe, podemos ficar por aqui: uma greve é geral quando realmente é geral. E os portugueses viram bem que se houve coisa que se passou ontem foi que a greve não foi geral!

O Sr. António Filipe (PCP): — Só é geral quando o Sr. Primeiro-Ministro aderir!

O Orador: — Um pouco mais de humildade, Sr. Deputado! Mais humildade para o seu partido e também mais humildade para a CGTP,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Olha quem fala de humildade!

O Orador: — … para reflectir se a justificação dessa greve estava ou não no coração dos trabalhadores. Pois a verdade é que muitos olharam para essa greve não concordando com a sua oportunidade,