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8 | I Série - Número: 096 | 21 de Junho de 2007

Aplausos do CDS-PP.

Por outro lado, dissemos que nós, CDS-PP, não recuaríamos enquanto não estivessem em cima da mesa em pé de igualdade as três opções: margem norte, margem sul ou «Portela+1» e, por isso, estamos aqui, hoje.
Este projecto de resolução, Srs. Deputados, é a oportunidade de, de uma vez por todas, a Assembleia da República responder aos portugueses dizendo «vamos parar, vamos estudar as três opções, vamos saber qual é o melhor custo/benefício e só depois, então, avançar para o novo aeroporto», respeitando os seis meses dados pelo Governo.
Devo dizer, Srs. Deputados, que já depois disto o mesmo Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, veio dizer que aceitava todos os relatórios e que admitiria, inclusivamente, que a hipótese «Portela+1» fosse considerada.
Devo dizer-vos, ainda, que acolhemos, muitos de nós, essa afirmação com enorme satisfação e achámos que finalmente o Ministro Mário Lino tinha aberto a possibilidade de que a «Portela+1» fosse estudada.
Tenho aqui comigo os jornais e é ver o jornal de um dia e ver o jornal do dia seguinte. Isto porque não sei se alguém, entretanto, terá falado com o Ministro Mário Lino, ou se ele terá sido chamado a algum gabinete, mas o que é certo é que no dia seguinte o Ministro que tinha na véspera dito que aceitava «Portela+1» já não aceitava «Portela+1» outra vez… Ou seja, se quisermos até certa altura era muito difícil acreditar nas certezas do Ministro Mário Lino, a partir desse momento tornou-se impossível até acreditar nas dúvidas do Ministro Mário Lino.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Já nem nas dúvidas é possível acreditar e digo-vos, sinceramente, Srs. Deputados, que um Ministro do Governo de Portugal, um Ministro da República, não dá palpites, não dá opiniões, tem de ter uma opinião que seja credível e tem de ter uma opinião que seja consequente. Senão houver estudo «Portela+1», se essa hipótese for chumbada, obviamente que é o Ministro das Obras Públicas quem começa a estar seriamente em causa a partir daqui.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Devemos, ainda, recordar que, nesta matéria, ficou absolutamente a suspeita de que o Governo ao aceitar o estudo da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa), ao aceitar Ota ou Alcochete terá de alguma forma negociado para que a opção «Portela+1» fosse afastada. O Presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, disse-o e, do meu ponto de vista, disse-o bem, disse-o com coragem e disse-o com frontalidade!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Para nós, repito, o fundamental é que as três opções sejam estudadas e por várias razões entre as quais porque a opção «Portela+1» e dentro da opção «Portela+1» o lógico é que seja «Portela+Montijo».

O Sr. José Junqueiro (PS): — Explique porquê!

O Orador: — Quer que lhe explique porquê?

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sim, faça favor!

O Orador: — Porque «Portela+1» é Portela mais uma base aérea. Ora, Alverca está no mesmo enfiamento da Portela, portanto não é possível; Tires não tem dimensão; e Sintra, porque é uma zona montanhosa, não é a melhor zona para fazer operar um aeroporto.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Já estudou…!

Risos do PS.

O Orador: — Ó Srs. Deputados, eu não tenho qualquer obsessão, o que eu quero é que esta hipótese seja considerada, que seja estudada e à partida esta parece ser a melhor opção.
É a melhor opção porque é a melhor opção para a economia; é a melhor opção porque parece ser a