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8 | I Série - Número: 013 | 7 de Novembro de 2007

superior — repito, superior — àquele que estava previsto no próprio Programa de Estabilidade e Crescimento.
Tanto assim é que anteciparemos num ano a saída da situação de défice excessivo. E quem não percebe a importância deste facto para a credibilidade internacional do País, para o rating da República, para a confiança da economia e para a atracção de investimento, quem demagogicamente alega que «as pessoas não comem défice e dívida»,…

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Pois não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … o que faz é a pôr a nu o seu próprio e enorme défice: o défice de responsabilidade política, de sentido de Estado e de compreensão da realidade.

Aplausos do PS.

Porque a realidade, Srs. Deputados, é que défices e dívidas excessivas ameaçam os fundos comunitários, ameaçam o investimento, ameaçam as taxas de juro, ameaçam a confiança e ameaçam, sobretudo, as condições de vida e o futuro dos portugueses.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas quero deixar uma coisa clara: eu sempre disse que a nossa principal preocupação não era apenas a resolução da crise orçamental mas também o crescimento da nossa economia.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Está muito esquecido!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ora, também aqui há resultados e bons resultados! Crescemos 0,5% em 2005, mas crescemos 1,3% em 2006 e este ano já crescemos 1,8% no primeiro semestre, tal como era a previsão do Governo.

A Sr.ª Rosa Albernaz (PS): — Tal e qual!

Protestos do PSD.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O que isto significa, Srs. Deputados, é uma progressão continuada e sustentada de aumento do ritmo de crescimento da nossa economia.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — E que ritmo…!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isto significa que, no mesmo período em que estamos a pôr as contas públicas em ordem, estamos também a progredir no ritmo e na qualidade do crescimento económico.

Aplausos do PS.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Não se nota!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Há quem diga que é pouco, que é insuficiente. Sim, eu também acho insuficiente e quero mais.

Vozes do PSD: — Ahhh!…

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas o que é espantoso é que aqueles que dizem que é insuficiente são aqueles que estiveram três anos no governo…

Protestos do PSD.

… e nesses três anos somados cresceram menos do que vamos crescer este ano.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças (Teixeira dos Santos): — Os números são o que são, Srs. Deputados do PSD!