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9 | I Série - Número: 013 | 7 de Novembro de 2007

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, Srs. Deputados, além disso, este crescimento económico é um crescimento sustentado e virtuoso porque assentou, fundamentalmente, no aumento das exportações.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Publicidade enganosa!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Sustentado em quê?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sustentado justamente nas exportações.
As exportações em 2006 cresceram 8,9% e nos primeiros seis meses de 2007 cresceram 7%. Isto ao mesmo tempo que tem havido uma diversificação dos mercados e um aumento da intensidade tecnológica nos produtos que exportamos e ao mesmo tempo que tem aumentado o peso das exportações no produto interno bruto.
Mas, Srs. Deputados, não quero ignorar nem contornar o problema do desemprego. Para mim, como tenho dito, este é o problema e justamente por ser o problema é que devemos analisá-lo com atenção, sem demagogia e com verdade.
Em primeiro lugar, vejamos a realidade das coisas: no final do primeiro trimestre de 2005 a taxa de desemprego era de 7,5% e está hoje em 7,9%. Isto significa que o desemprego, nestes dois anos e meio, cresceu 0,4%, o que compara com um crescimento, entre 2002 e 2005, de 3,1%!! Srs. Deputados, 0,4% agora e 3,1% com a governação anterior!!

O Sr. Mota Andrade (PS): — E esta?

Protestos do PSD.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Estes números ilustram bem que nestes dois anos foi possível conter o ritmo de crescimento do desemprego.

Aplausos do PS.

Mas a mudança fundamental, aquela que constitui uma viragem e que muitos procuram esconder, é a de que antes a economia perdia emprego, ao passo que agora a nossa economia está já a criar emprego.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Desde que o Governo iniciou funções a economia criou 60 000 novos postos de trabalho líquidos; nos três anos anteriores, mais uma vez, a economia perdeu 37 000 postos de trabalhos.

Aplausos do PS.

E esta, Srs. Deputados, é que é a diferença! Mas que diferença!... Que grande diferença!! É justamente esta diferença de uma economia que já está a produzir emprego que nos dá a esperança de que o desafio do emprego pode ser vencido.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas discutamos por 1 minuto as respostas políticas ao problema do desemprego.
Há propostas cuja única consequência seria agravar o problema: tal seria o caso do recrutamento maciço de funcionários desnecessários; tal seria o caso da manutenção artificial de postos de trabalho à custa de subsídios do Estado; e tal seria o caso de medidas irresponsáveis que anulariam o esforço de consolidação, com a descida imediata e generalizada dos impostos! Ao contrário, as respostas que contam são duas: fazer crescer a economia; e fazer crescer as qualificações, porque são elas que geram emprego sustentado e que permitem às pessoas maior capacidade para encontrar emprego.

Aplausos do PS.

Basta olhar para os números recentemente publicados pela Organização das Nações Unidas para perceber que o investimento estrangeiro regressou à nossa economia: só de investimento directo estrangeiro foram, em 2006, 5200 milhões de euros, um aumento de 82% face ao ano anterior. No segundo trimestre de 2007 o investimento já cresceu 1,6% face ao trimestre homólogo. E isto consegue-se, Srs. Deputados, precisamente com a recuperação da confiança pelos agentes económicos com a reforma do Estado, com o programa de redução dos custos administrativos, com a redução dos custos de contexto e com a aposta declarada nas