17 | I Série - Número: 041 | 31 de Janeiro de 2008
O Sr. Primeiro-Ministro: — Finalmente, Sr. Deputado, o que nos diferencia é mesmo isto: os Srs. Deputados do PSD só falam em desmantelar e privatizar o Estado»
O Sr. Presidente: — Já terminou o tempo de que dispunha, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — e noto que, ao longo de todo este tempo, o PSD ainda não foi capaz de apresentar uma única solução concreta para sustentar uma alternativa política.
Aplausos do PS.
O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — É a cassete!
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, quando fui eleito Presidente do CDS o senhor era considerado imbatível. Hoje, reconhecerá, é um Primeiro-Ministro em dificuldades,»
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
Risos do PS.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — » um Primeiro-Ministro fragilizado. Diria mesmo que o tal «animal feroz» é uma pálida ideia do passado. Hoje, o seu Governo é uma espécie ameaçada democraticamente.
Aplausos do CDS-PP.
Vou fazer-lhe uma pergunta muito simples: se o Sr. Ministro da Saúde e a Sr.ª Ministra da Cultura não lhe tivessem escrito uma carta de demissão, V. Ex.ª tê-los-ia substituído? Sim ou não?
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Portas, quando o Sr. Deputado se for embora, ainda ecoará no universo da comunicação política em Portugal aquilo que afirmou no dia da sua eleição, dizendo que tinha quatro objectivos. Não cumpriu nenhum deles!
Protestos do Deputado do CDS-PP Paulo Portas.
Veremos como ficará, no final.
O Sr. Deputado pensa que pode, como que por artes mágicas, fazer esse exercício de dizer «Perdi, voume embora dois anos e depois regresso» e dizer depois «Olá, cá estou eu! Não tenho de responder perante nada»?!
Risos do PS.
Sr. Deputado, os portugueses não se esquecem de si e não se esquecem do seu fracasso governamental.
Por isso, o Sr. Deputado já respondeu e continuará a responder. Porque, sabe, isto vive da confiança e dos resultados. E os resultados do governo em que o senhor participou foram resultados negativos.
Os objectivos das políticas de saúde e de cultura manter-se-ão, agora com novos protagonistas, com a intenção de reforçar a credibilidade e a confiança.