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61 | I Série - Número: 053 | 29 de Fevereiro de 2008

A Sr.ª Paula Nobre de Deus (PS): — Minha senhora!?

O Sr. Almeida Henriques (PSD): — O MODCOM é, pura e simplesmente, uma medida que… É como distribuir telemóveis no âmbito do Plano Tecnológico. É exactamente isto!

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — E, para mais, depois não pagam!

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Distribuir, distribuem! Só que, depois, não pagam!

O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Srs. Deputados, é exactamente por querermos combater estas situações e que o Governo, de uma vez por todas, acorde — porque o Governo vê os problemas no terreno e «assobia para o ar», é o que o Governo está a fazer neste momento em relação à economia portuguesa — que apresentamos as 29 propostas concretas. É por isso que apresentamos uma proposta no sentido de se dinamizarem os pólos urbanos, de se utilizar o QREN para o colocar ao serviço da dinamização do comércio de proximidade, de se dinamizarem centros comerciais ao ar livre nos pólos urbanos.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Almeida Henriques (PSD): — É por isso que avançamos com propostas concretas, como a da criação de um sistema de microcrédito para as empresas.

A Sr.ª Paula Nobre de Deus (PS): — Está lá tudo!

O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Eu conheço muito bem todas essas políticas, Sr.ª Deputada!

A Sr.ª Paula Nobre de Deus (PS): — Não parece!

O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Agora, o que lhe digo é que elas, além de inoperativas, não estão a ser aplicadas como deve ser.
Há pouco, o que eu disse é que a Carta das PME — hoje aprovada em termos comunitários — está, obviamente, em vigor nos vários países da União Europeia, só que, em Portugal, não está a ser praticada.
Este é que é o grave problema.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Há 10 anos que deveria ter sido posta em prática!

O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Um outro problema sobre o qual eu também gostaria que a Sr.ª Deputada aqui tivesse falado tem a ver com os pagamentos do Estado às empresas. Que grande imoralidade, Sr.ª Deputada, termos um Governo que, por um lado, «aperta» as empresas, do ponto de vista do combate à fraude fiscal — e bem! —, e, por outro, não dá o exemplo.
É caso para dizer: «Olha para o Frei Tomás, não olhes para o que ele diz, olha para o que ele faz». É que, efectivamente, o Governo aplica-se na cobrança dos impostos mas, depois, tem uma atitude laxista nos pagamentos às empresas.
E sabe como é que, mais uma vez, o Governo responde? Vem, mais uma vez, com uma medida de propaganda, o Programa Pagar a Tempo e Horas. Mas que belo programa de pagamento na hora!… Aquilo que as empresas gostariam, aquilo que ajudaria a dinamizar a economia, era que os 3000 milhões de euros que o Estado deve às empresas fossem pagos a tempo e horas, era que o IVA que as empresas têm de pagar sem terem recebido do Estado passasse a só ser pago no final. São medidas destas, concretas, que as empresas esperariam.
Já agora, refiro-me também a uma questão de que ainda hoje falávamos na comissão de economia, os pagamentos às empresas e às associações. O prejuízo que não causa, quer na credibilidade do Estado quer na vida das empresas e das associações, o facto de o Estado se atrasar sistematicamente nos pagamentos!