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7 | I Série - Número: 060 | 15 de Março de 2008


Recordava-lhe que, ainda há uma semana, estive no Salão Automóvel de Genebra, onde assisti com muito prazer ao lançamento do carro que vai ser produzido totalmente em Portugal, o Volkswagen Scirocco, e que ainda ontem estive em Sines a assistir ao lançamento da primeira pedra de um projecto, na área petroquímica, de 400 milhões de euros. Ora, isto é a prova de que o investimento das pequenas, das médias e das grandes empresas está no bom sentido.
Termino, frisando mais uma vez que nos anos de 2002, 2003 e 2004 o investimento baixou 10%. Pergunto o que terá acontecido para meterem tanto medo às empresas e aos empresários que o investimento registou um retrocesso como não se encontra nos últimos 20 anos na História portuguesa.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para replicar, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Velosa.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, V. Ex.ª gosta mesmo de falar do passado, por isso a questão que coloco é esta: até quando? Até quando vai falar do passado? O que os portugueses querem saber é o que o Sr. Ministro, como Ministro da Economia, pode fazer (não pode fazer muito, mas podia fazer algo mais!) para alterar este estado de coisas, porque não se entende a sua satisfação com o crescimento de 1,9%, quando há toda esta situação de incerteza em relação a 2009 e quando se sabe que as exportações vão baixar! Mas o Sr. Ministro continua com um discurso como se tudo isto fosse o melhor dos mundos! O Sr. Ministro esquece, por exemplo, que em 2004 Portugal cresceu mais do que em 2005 e cresceu, praticamente, o mesmo do que em 2006. Portanto, essa extrapolação que faz para vários anos não tem qualquer sentido prático! Ou seja, do ponto de vista substancial da economia, em que é que melhorou a situação de Portugal? Deixo-lhe as seguintes constatações: aumenta o endividamento das famílias e das empresas; há uma classe média que é cada vez mais baixa; o crescimento económico em Portugal, em 2007, foi um terço do da Espanha e situou-se muito abaixo do da União Europeia; há uma diminuição do rendimento per capita e do poder de compra dos portugueses. E o Sr. Ministro vem para aqui com este discurso, como se estivéssemos no melhor dos mundos?!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e da Inovação.

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hugo Velosa, os números dizem o que dizem. Creio que todos os economistas aceitam que os melhores indicadores para medir a performance de uma economia são os relativos ao crescimento, às exportações e ao investimento.
Quando os senhores foram governo nos anos de 2002, 2003 e 2004 verificou-se um facto verdadeiramente único: o PIB voltou para trás, ou seja, no final de 2004 ele era mais pequeno do que no princípio de 2002. Isto é raro e não encontra paralelo na história económica portuguesa.
As exportações nos anos de 2002, 2003 e 2004, isto é, ao longo de três anos, cresceram 5,5%; nos anos de 2005, 2006 e 2007 cresceram 21%. Portanto, a comparação é muito simples: os senhores fizeram as exportações crescer em 5% e este Governo fê-las crescer em 21%.
No que diz respeito ao investimento, repito mais uma vez, para que não haja dúvidas: durante os anos de 2002, 2003 e 2004, o investimento baixou 10,7% — não encontra paralelo em qualquer país da Europa! —, enquanto no ano passado aumentou 3%.
Ou seja, o ano de 2007 basta para ser muitíssimo melhor, em termos de crescimento, exportações e investimento, do que os três anos em que os senhores estiveram no governo — os anos de 2002, 2003 e 2004.

Aplausos do PS.