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41 | I Série - Número: 075 | 24 de Abril de 2008


A primeira foi cobrir de ridículo a questão da data, como se a data escolhida para este debate não fosse uma data politicamente relevante,…

Protestos do PCP, do BE e de Os Verdes.

… marcada de simbologia e a mais genuinamente identificadora com a natureza do projecto europeu, tal como ele foi interpretado pelas forças democráticas em Portugal a seguir ao 25 de Abril.
Compreende-se a posição do Partido Comunista e de outras forças totalitárias na rejeição do projecto europeu, designadamente na sua ligação ao 25 de Abril.

Protestos do PCP.

Percebem que o sucesso das forças democráticas sobre o projecto totalitário que pretendiam imprimir após o 25 de Abril soçobrou pela força catalisadora que o projecto de integração na Europa desenvolveu em toda a sociedade portuguesa.

Aplausos do PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — As forças democráticas cumprem as promessas!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Foi essa circunstância que marcou a posição do Partido Comunista durante 30 anos: de ressentimento em relação à Europa. A Europa derrotou o Partido Comunista em Portugal!

Risos do PCP.

E o preconceito ideológico do Partido Comunista impede-o de se adaptar a essa realidade e de acompanhar o desenvolvimento que outras forças políticas, designadamente à esquerda na Europa, souberam assumir! É por isso que esta é uma data simbólica e relevante para que o Parlamento se pronuncie hoje sobre este Tratado, nesta Assembleia.
Uma segunda linha de crítica tem a ver com a opção pela rejeição do referendo. O Governo fez bem, agiu com responsabilidade,…

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Mentiu!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — … não apenas porque se trata de um Tratado diferente do Tratado Constitucional mas, sobretudo — nem sempre este elemento é referenciado —, porque o contexto estratégico mudou muito nos últimos anos.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Zapatero diz que não!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — O ambiente estratégico europeu tem mudado radicalmente nos últimos anos e a primeira responsabilidade de um político, de quem tem soluções governativas, é a de saber acompanhar a mudança de ambiente com que a acção governativa se confronta no seu dia-a-dia. Seria absolutamente irresponsável do ponto de vista político se o Governo agisse sem ter em consideração uma alteração de circunstâncias.
Meus senhores, a ética política não é apenas a dos compromissos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ai não?!