48 | I Série - Número: 096 | 19 de Junho de 2008
Notámos que a Sr.ª Ministra relativamente à questão do Alert P1 não se quis comprometer naquele que é o seu aspecto essencial, que é o da eficiência em relação àqueles que são os utentes do Serviço Nacional de Saúde.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Em terceiro lugar, relativamente à questão da droga e sobre o problema concreto das máquinas automáticas de seringas, mais uma vez estamos «em fase de avaliação» quando aquilo que é necessário é que exista uma fase de intervenção.
A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Diga qual!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Em quarto lugar, quanto aos helicópteros em que se refere um concurso, estamos a entrar no Verão e era muito interessante saber, por exemplo, qual o plano de contingência que este Governo tem para o Verão, que promete ser o Verão mais quente dos últimos 25 anos.
Por exemplo, no ano de 2006, 1259 idosos, com mais de 75 anos, morreram nesta altura. Sabe que é um problema grave, mas ficámos sem perceber qual o plano de contingência que este Governo tem em relação a hospitais como o Hospital de Faro ou os hospitais do interior do País, que vão ter, naturalmente, nesta altura mais dificuldades.
Aplausos do CDS-PP.
Ficámos, também, sem perceber qual a ideia que o Governo tem em relação ao grande problema da gestão do pessoal nos nossos hospitais e dos profissionais na área da medicina.
Por outro lado, a questão das listas de espera. Não vamos entrar aqui na questão estatística e da maquilhagem estatística — dos 190 000 utentes que, de facto, são 250 000… —, mas há uma grande questão que, mais uma vez, ficou aqui por responder: por que é que não adaptam a solução que tiveram relativamente às listas de espera para a cirurgia às cataratas a outras situações de extraordinária urgência e com grandes listas de espera neste preciso momento?
Aplausos do CDS-PP.
Durante todo este debate, também não se conseguiu perceber qual a estratégia, qual a política que o actual Governo tem relativamente à matéria das listas de espera para as consultas, que são, neste momento, o problema essencial.
Em relação a esta matéria, o Governo não responde e daí pode tirar-se uma consequência: é que não há força nem tempo para tentar resolver este problema.
Aplausos do CDS-PP.
No fundo, não se entende bem qual a estratégia, qual a política que o Governo tem. Sentimos cada vez mais que, em relação à saúde, estamos numa espécie de «apaga fogos» ou de resolução do problema que vai surgindo.
São feitas, até, referências ao passado. Mas, do passado, e em relação ao Governo do Partido Socialista, não quero falar, porque fico na dúvida se consideram positivo o caminho que estava a seguir o Prof. Correia de Campos ou se consideram positivo o caminho que agora estão aparentemente a seguir.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Por outro lado, e para finalizar, direi que este é, também, o Governo do estudo: estuda o ambulatório; estuda a solução para as listas de espera noutras áreas, para além de oftalmologia; estuda uma melhor informática. De facto, o passado toca sempre o Partido Socialista.