72 | I Série - Número: 105 | 11 de Julho de 2008
O Sr. José Vera Jardim (PS): — … Sr. Primeiro-Ministro, abra os livros – que já estão abertos, mas abraos outra vez – para ajudar a oposição a estudar devidamente a lição, para que não venha, novamente, juntar ao dirigismo a claustrofobia democrática.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, não havendo mais oradores inscritos, passamos à fase de encerramento do debate.
Tem a palavra o Sr. Ministro da Presidência.
O Sr. Ministro da Presidência (Pedro Silva Pereira): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A história democrática ensina que, em condições normais, um ciclo político só se encerra quando sucede uma coisa, quando a bandeira da esperança muda de mãos.
O que este debate mostrou à Nação, com toda a clareza, é que quem propõe ao País uma estratégia e um horizonte de futuro não é nenhuma destas oposições, mais para a esquerda ou mais para a direita, quem, com toda a vontade e com toda a determinação, prossegue, com firmeza, um rumo e ergue diante dos portugueses a bandeira da esperança é este Governo e esta maioria.
Aplausos do PS.
Bem pode, pois, esta oposição pintar-se de vermelho ou de verde, de laranja ou de azul, porque os portugueses já perceberam que a sua cor preferida é sempre a mesma, a sua cor preferida é o preto,…
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Está na moda!
O Sr. Ministro da Presidência: — … porque é sempre a negro que descrevem o País e o resultado do esforço dos portugueses, é a negro que caricaturam qualquer movimento de mudança, qualquer processo de reforma ou qualquer projecto de modernização, tal como é a negro que pensam o dia de amanhã e imaginam o futuro dos portugueses.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Ministro da Presidência: — Uma sociedade democrática aspira, naturalmente, a ter uma oposição construtiva e uma alternativa credível. Mas o que os portugueses querem é a credibilidade de quem se propõe levar o País para a frente, não é o pessimismo doentio de quem só pensa em parar o País e não tem nada a dizer sobre o futuro. E o que, seguramente, os portugueses não querem é a credibilidade de quem, oferecendo as receitas do passado, se apresenta em condições de garantir que, pelo mesmo caminho, é capaz de levar outra vez o País para o fundo. Não é isto que os portugueses querem!
Aplausos do PS.
Os portugueses já provaram dessa receita! Provaram, não gostaram e ainda tiveram de pagar a conta. E só não pagaram a conta toda porque ainda continuam a chegar, todos os anos, as facturas da desastrosa operação de titularização de créditos fiscais, feita em 2003 para mascarar o défice das contas públicas.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Já percebemos que o Dr. Paulo Rangel não gosta de números, sobretudo quando não lhe convêm, mas tome nota destes para a sua folha A4.