39 | I Série - Número: 012 | 11 de Outubro de 2008
das vítimas, assim como ao Presidente, ao Parlamento e ao Senado do Paquistão as mais sentidas condolências.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Queria começar por dizer que votaremos favoravelmente o voto apresentado pelo Partido Socialista e que nos associamos às condolências que este propõe que se apresentem às vítimas do atentado.
Penso que também teria sido vantajoso que se condenasse o atentado — o que o voto não faz na sua parte resolutiva, mas não será por isso que deixaremos de aprová-lo.
É evidente que entendemos a ideia, que vem no voto, de solidariedade no combate ao terrorismo como uma solidariedade que não legitima abusos, violações e ingerências que hoje em dia alguns fazem à boleia de um suposto combate ao terrorismo. Esse não é o nosso combate ao terrorismo e isso tem que ficar bem claro.
Esperamos que esta dramática ocorrência não sirva agora de pretexto a alguns para acentuar a sua ingerência militarista naquela zona, que só tem contribuído para complicar a situação e para destabilizar aquela região do Médio Oriente.
Queria dizer também que, pela nossa parte, não caucionamos a apreciação feita neste voto em relação às características do regime paquistanês, e pensamos até que qualificar o General Pervez Musharraf como «um grande respeitador das regras democráticas» é talvez um manifesto exagero.
Mas a ideia essencial com que queria terminar é que votaremos a favor deste voto. Solidarizamo-nos no pesar com estas vítimas e condenamos — o que o voto não faz — este atentado terrorista.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho.
O Sr. Paulo Pereira Coelho (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O terrorismo, infelizmente, tem dominado a agenda do mundo democrático, com consequências gravíssimas para as vítimas directas e para o bem-estar e a confiança de todos.
Expressamos o nosso veemente repúdio por acções como esta em que os inocentes é que foram as vítimas da barbárie de alguns fanáticos que vão destilando o seu ódio e a sua intolerância de modo mais hediondo.
O mundo democrático tem de erguer a sua voz de repúdio e enfrentar com determinação quem comanda tais actos. Os caminhos do terrorismo internacional são tortuosos. Espero que os líderes democráticos entendam que se deve atacar o terrorismo em todas as suas vertentes e não deixar que conveniências económico-políticas possam, de alguma forma, permitir o avanço de tais desmandos.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Queria começar por dizer que o CDS votará favoravelmente este voto, que também é subscrito por mim e pela minha bancada, por duas razões.
A primeira é a de que, mesmo considerando que o caminho da democracia no Paquistão ainda é ténue, ao conhecer o País como conheço, percebo as dificuldades e compreendo que qualquer sinal de democracia é positivo.
A segunda razão é a de que condenamos sempre — e nunca é demais repeti-lo — qualquer tipo de terrorismo, seja qual for, seja qual for o país atingido, seja quem for que o pratique.
Também aqui, no que respeita aos tipos de terrorismo, não temos dois pesos e duas medidas. É algo que