14 | I Série - Número: 039 | 29 de Janeiro de 2009
O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, mais uma vez não ouvimos qualquer proposta do PSD para resolver os problemas nacionais.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Vai ter muitas no Orçamento suplementar que será aqui discutido amanhã!
O Sr. Alberto Martins (PS): — Aliás, já sabíamos isso, e os Srs. Deputados do PSD, se tivessem lido hoje um artigo do Sr. Deputado Patinha Antão, no Público, tinham a resposta»
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — É uma boa citação!
O Sr. Alberto Martins (PS): — E a resposta é muito clara: «A Direcção do PSD optou por não apresentar uma iniciativa global alternativa à que o Governo apresentou. A única que existe no terreno é do Governo». Os senhores não têm qualquer alternativa e o Sr. Deputado Patinha Antão disse-o bem.
Aplausos do PS.
O Sr. Deputado Paulo Rangel, surpreendentemente, optou pela lógica de denegrir o Governo,»
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Claro»!
O Sr. Alberto Martins (PS): — Denegrir e não apresentar as desculpas daí decorrentes. Nós já sabíamos que essa bancada não é muito atreita a cumprir os seus compromissos de honra, a respeitar a palavra dada.
Aplausos do PS.
Já sabíamos isso, mas ficamos agora a saber que não é atreita a respeitar a verdade e a demarcar-se da mentira.
Manuela Ferreira Leite acusou uma agência e o Governo de produzirem informações falsas.
O Sr. José Junqueiro (PS): — Bem lembrado!
O Sr. Alberto Martins (PS): — O que é que os senhores têm a dizer? Nada!
Aplausos do PS.
Mas vamos ao léxico das inverdades.
Em relação ao TGV, como é possível os senhores se esquecerem de que o compromisso do TGV foi assinado várias vezes por Manuela Ferreira Leite, enquanto Ministra das Finanças?! Como é que os senhores esquecem isso?! Como é que dizem uma coisa num dia e outra coisa noutro?! Como é que, em Janeiro de 2008, Manuela Ferreira Leite diz «não» («por uma questão de honestidade») à baixa dos impostos, em Junho de 2008 diz o mesmo e em Novembro de 2008 já diz que quer que os impostos baixem?! Como é que se chama a isto?! A isto chama-se populismo barato»
Aplausos do PS.
» e a adopção da cartilha clássica do neo-liberalismo. Qual é a cartilha? Todos sabemos: baixam-se os impostos e privatiza-se! Privatizam-se os serviços públicos, só interessando funções de soberania; acaba-se com a regulação; mecanismos de solidariedade social não são precisos; investimentos não são precisos. Isto é a cartilha liberal no mais puro.
Estamos numa situação de recessão, queremos melhorar as condições do investimento, do emprego, do consumo, das qualificações dos portugueses, da competitividade, e o nosso rumo é claro ao nível da política