12 | I Série - Número: 058 | 19 de Março de 2009
Protestos do PSD.
O que estas medidas significam é a continuação de uma linha de política, uma linha de política que tem uma estratégia e uma orientação — combater o desemprego, apoiar as empresas, criar mais investimento público — que não é de agora, que não surge do nada. Pelo contrário, ela vai ser reforçada justamente porque a crise o exige.
Há já muitos meses que venho ao Parlamento apresentar propostas e é absolutamente espantoso que, no momento em que aqui venho apresentar propostas para ajudar os portugueses, numa altura de crise, para ajudar os agregados familiares a enfrentarem as suas despesas, o PSD se lembre de protestar porque o valor das rendas não subiu mais com a nova lei das rendas! E, afinal de contas, falamos de uma lei que nós fizemos mas que o governo anterior se esqueceu de fazer e não foi capaz de levar à prática!
Aplausos do PS.
Vozes do PSD: — Isso é falso! A nossa era melhor que esta!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas que dizer do PSD?! Os portugueses estão bem a ver a diferença: aqui está um Governo que vem a um debate, num momento destes, apresentar propostas e respostas para os problemas e aqui está um partido da oposição cujo único discurso é o da maledicência e da crítica sistemática a tudo o que o Governo faça.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Ah, pois é!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Há, contudo, um ponto a que, julgo, o PSD tem de responder.
Há muitos meses que venho aqui falar do apoio às empresas, falar do apoio às famílias, falar da resposta à crise»
O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Falar, mas não fazer!
O Sr. Primeiro-Ministro: — » e há um ponto em que o PSD sempre tem insistido, o de que ç necessário pagar as dívidas do Estado.
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Ora bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Os Srs. Deputados estão bem lembrados.
A Sr.ª Helena Terra (PS): — Claro!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Pois o Estado, até hoje, já pagou 1815 milhões de euros, fazendo o maior esforço de que há memória em Portugal para que a Administração pague as suas dívidas.
Há uma coisa que o PSD tem de explicar aos portugueses: por que é que, de cada vez que aqui venho, reivindica mais pagamento da Administração às pequenas e médias empresas e na Câmara de Lisboa, o mesmo PSD, vota contra o pagamento, por parte da Câmara de Lisboa, das dívidas a fornecedores, a pequenas e médias empresas?!
Aplausos do PS.
O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — Isto não é a Assembleia Municipal!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Este é um ponto muito importante! O arrendamento social está em discussão com as autarquias, e fá-lo-emos.