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27 | I Série - Número: 062 | 27 de Março de 2009

Talvez por isso sonhem com bons resultados eleitorais. Desenganem-se os que assim pensam, pois todos os indicadores são desastrosos. Ainda ontem, os mais reputados economistas anunciavam a possibilidade de insolvência do País. Protestos do PS.

Anunciam a possível bancarrota do País, e o PSD é alarmista?! Só o Governo não vê! Não vê e insiste numa política desastrosa, mesmo ruinosa. Só o Governo pensa que «toneladas de areia» de grandes obras públicas — desadequadas no tempo e no modo — podem ser «atiradas para os olhos» dos portugueses.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A crise é real, é grave e requer a adopção de medidas objectivas, simples, com uma linha de orientação bem definida e que, com menores custos, obtenha o máximo de eficácia.
É por isso que é importante que esta Câmara aprecie e vote favoravelmente os projectos de resolução que hoje o PSD apresenta. São medidas que resolvem problemas reais das pessoas e das instituições que mais perto e melhor apoiam os nossos concidadãos, sem burocracia, espalhafato ou custos absurdos e incomportáveis.
Por último, não resisto a desafiar quem nos apelida de alarmistas e alega não haver razão para a tomada de medidas que dão resposta a quem está no terreno a apoiar os nossos idosos, jovens, doentes e/ou deficientes.
Perguntem a cada um dos 470 000 desempregados se há, ou não, crise.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria José Gambôa.

A Sr.ª Maria José Gambôa (PS): — Sr. Presidente, cumprimento a Sr.ª Deputada do PSD, dizendo-lhe, contudo, que é relativamente incompatível ser uma pessoa conhecedora e sensível em relação a esta matéria e, simultaneamente, vir aqui fazer uma tarefa «de encomenda».
Quero dizer-lhe que, para mim, a questão central — e por isso fiz a última intervenção — é a de saber a que «encomenda» corresponde este trabalho apresentado hoje aqui pelo PSD.
As instituições, quando têm as suas crises e as suas dificuldades, quando correm os seus riscos de sustentabilidade, conhecem o caminho. E o caminho chama-se Governo, chama-se Fundo de Socorro Social, chama-se acção social, chama-se orçamento da segurança social. É lá que as instituições encontram a solução para a sua sustentabilidade.
Na verdade, é alarmista a preocupação que trazem cá, porque, se não fosse, trariam com certeza um conjunto de dados objectivos, de números, de informações concretas sobre instituições com incapacidade de funcionamento, sobre instituições com as portas encerradas, sobre utentes a serem transferidos de umas para outras instituições, porque não teriam lugar nas instituições, e sobre crianças na rua e abandonadas, porque as instituições não conseguiriam obviar a isso. Ora, nada disso acontece, em Portugal,… A Sr.ª Regina Ramos Bastos (PSD): — Não acontece, não…! A Sr.ª Maria José Gambôa (PS): — … porque, felizmente, Sr.ª Deputada — e a Sr.ª Deputada sabe isto tão bem como eu — , as instituições portuguesas nunca ficaram sós nos momentos das suas crises, nem com o Governo do Partido Socialista, nem provavelmente também com o seu governo, porque, apesar de tudo, os governos de Portugal têm uma grande capacidade de respeitar o que são os seus parceiros da construção social, da igualdade, da busca da justiça e, no fundo, do bem-estar de todos nós.
É por isso que vale a pena, às vezes, não sermos alarmistas e não cumprirmos «encomendas», mas falarmos claramente do que são as preocupações e não exactamente as fantasias que, por vezes, nos incutem.