O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

17 | I Série - Número: 075 | 2 de Maio de 2009

Muitos deles são jovens (18,4% dos desempregados são, hoje, jovens abaixo dos 25 anos), muitos deles são mulheres (9,4% destes números correspondem a mulheres que estão no desemprego), muitos deles são casais, ainda que nesta matéria o Governo se recuse a divulgar o verdadeiro retrato social do País, hoje.
Perante estes números, o que é que o Governo faz? Qual é a resposta da maioria PS? A primeira resposta é a de tentar esconder esta realidade e esconder os números. Os dados do IEFP, que geralmente são divulgados sempre na penúltima semana de cada mês, curiosamente, só foram publicados a meio da semana passada, depois de o Primeiro-Ministro ter dado uma entrevista na televisão, depois de o Primeiro-Ministro ter vindo a um debate quinzenal no Parlamento.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Os dados da segurança social sobre esta matéria, que geralmente são publicados até ao dia 20 de cada mês, quanto ao mês de Março, estranhamente, ainda hoje, no último dia do mês de Abril, não estão publicados.
Curiosa a resposta do PS, parecendo mesmo que quando não pode combater e inverter estes números tenta escondê-los como se não fossem a realidade. Só que são, infelizmente, a realidade! Estes números impõem-se pela sua frieza e pela sua crueza. Pelos vistos, só o PS é que não quer ver esta realidade.
Longe vão os tempos em que o PS considerava que uma taxa de desemprego de 6,7% era «a marca de uma governação falhada»; longe vão os tempos em que o PS considerava que 6,7% de desemprego era um alarme social que tocava no País; longe vão os tempos em que o PS encheu o País de cartazes em que prometia 150 000 novos postos de trabalho!...

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — O Primeiro-Ministro enganou!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Hoje, em vez de prometer criar empregos, o Primeiro-Ministro diz que cada um tem de pedalar a sua bicicleta; hoje, a resposta do PS e do Primeiro-Ministro é a de mandar os portugueses «pedalar a sua bicicleta». Só que parece que em matéria de criação de emprego quem «pedala a bicicleta» são as micro, as pequenas e as médias empresas, responsáveis por 75% do emprego criado em Portugal.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E quando se esperava que pudesse existir um estímulo a estas empresas, que só querem ser mais prósperas, trabalhar mais, poderem produzir mais, quando se esperava que o Governo apoiasse estas empresas, o que é que o Governo do PS faz às micro e às PME? Esvazia-lhes os pneus das bicicletas, tira-lhes o guiador, parte os raios das rodas»

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Senão, veja-se: o pagamento especial por conta, que presume lucro que as empresas não vão ter este ano, o PS recusa-se a baixá-lo. Por exemplo, propõe já para Janeiro de 2010 que as empresas que têm empregados com contratos a termo paguem mais 3% de taxas sociais, uma medida que vai certamente não só impedir a criação de novos empregos mas até estimular a destruição de empregos.
Quando se esperava que pudesse existir uma devolução mais rápida do IVA»

O Sr. João Oliveira (PCP): — O CDS está é com ciúmes!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Deputado do Partido Comunista, tenha calma! Ainda hoje, o Secretário-Geral do Partido Comunista esteve em Braga, reunido com a Conferência Episcopal, pelo que lhe aconselho alguma calma» Ouça e pense um bocadinho nestas matçrias que tambçm preocupam o seu secretário-geral.