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18 | I Série - Número: 075 | 2 de Maio de 2009

Quando se esperava que o Governo do PS devolvesse mais rapidamente o IVA às empresas, o que é que acontece? Aumentam os prazos de mora.
Por isso mesmo é preciso fazer muito mais do ponto de vista económico, do ponto de vista do estímulo da economia.
Mas é preciso também fazer muito mais do ponto de vista social. De 484 000 novos desempregados só cerca de 200 000 recebem subsídio de desemprego; cerca de 40% não recebe qualquer espécie de subsídio ou de prestação social, de entre os quais se destacam os jovens, que mesmo que tenham trabalhado 15 meses, mesmo que tenham trabalhado desde o início de Janeiro de 2008 ininterruptamente, se, face à crise, perderam o seu emprego no mês de Março, que está em referência, por causa das regras que o PS criou não têm direito a subsídio de desemprego.
Ou, por exemplo, os casos, cada vez em número crescente, das famílias em que não há um único posto de trabalho, das casas em que pai e mãe, marido e mulher, estão ao mesmo tempo desempregados. Até quando é que os números do desemprego têm de crescer para que o PS se aperceba de que é preciso majorar o subsídio de desemprego nestes casos? Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: o PS dizia, outro dia, que cada um deve «pedalar a sua bicicleta», só que é exactamente este PS que manda cada um «pedalar a sua bicicleta» que, pelos vistos, é insensível do ponto de vista social e avariou o «elevador social»! Este é hoje, infelizmente, o mais negro retrato de Portugal: quase meio milhão de desempregados; dois milhões de pessoas, em Portugal, a viver no limiar da pobreza. Esta é a marca da governação do PS! Um «elevador social» que existia, em que as pessoas, pelo seu mérito, pelo seu esforço, pelo seu talento, pela sua vontade de fazer, de produzir e de trabalhar, podiam subir socialmente, foi avariado por parte do PS.
É esta a marca da governação socialista, é esta a justiça social que o PS quer imprimir em Portugal!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Inscreveram-se quatro Srs. Deputados para pedir esclarecimentos ao orador.
Em primeiro lugar, tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Mota Soares, V. Ex.ª acaba de fazer aqui um diagnóstico correcto da situação do desemprego em Portugal, que eu resumiria a duas afirmações: por um lado, o desemprego é uma calamidade crescente no nosso País; e, por outro lado, o Governo revela-se absolutamente desastrado na forma de dar-lhe resposta.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Por um lado, veja-se que o Governo estava tão obstinado a defender que o desemprego em Portugal em 2009 seria de 7,6%, quando passado um mês corrigia para 8,5% — mas isto era suposto ser no final de 2009, não no final do primeiro trimestre de 2009!...
Portanto, a situação prenuncia-se como uma situação muito mais grave e complicada.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Cerca de 500 000 desempregados, por certo, uma situação social altamente perturbadora e desarticuladora da sociedade portuguesa.
A minha pergunta, Sr. Deputado, é esta: como é que o Governo está a reagir em relação a isto? Por um lado, o Governo tem uma atitude de arrogância, de auto-suficiência, como se matéria tão delicada pudesse ser apenas enfrentada pelo Governo. É o momento de concitar toda a energia, toda a colaboração, o apoio da oposição e do Governo, com certeza, dos sindicatos e dos empresários. Toda a sociedade tem de ser convocada para contrariar este drama social que é o desemprego.

Vozes do PSD: — Muito bem!