O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 | I Série - Número: 076 | 7 de Maio de 2009

— um «programazinho« na opinião de alguns» — , que agora o PSD quer exportar para a Europa, mostra, afinal, quem é que quer amordaçar quem.
O PCP — reconheça-se — continua fiel e coerente: fiel ao radicalismo e à permanente tentativa de manipulação dos trabalhadores e coerente com o pactuar de comportamentos que todos querem ver expurgados da vida política, mas também sem o bom senso capaz de reconhecer — em tempo, Sr. Deputado Bernardino Soares! — que as agressões e os insultos de que Vital Moreira foi alvo nas comemorações do 1.º de Maio são lamentáveis e devem ser condenadas politicamente.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente! Isso foi o que fizemos!

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — De nenhum dos partidos da oposição encontrámos soluções ou caminhos que procurem transformar dificuldades em oportunidades para Portugal e para os portugueses.
Temos de tudo: temos partidos da oposição que reclamam a nacionalização das poucas empresas portuguesas capazes de se afirmarem com sucesso na economia mundial; temos partidos que apresentam as suas propostas políticas ao ritmo das manchetes dos jornais e que igualmente as esquecem ao mesmo ritmo.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Hoje em dia, todos estão rendidos ao Presidente dos Estados Unidos Obama.

Vozes do PCP: — Quem?!...

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Bem», talvez o PCP não esteja! Mas quais são as suas prioridades económicas? Energia, nomeadamente a renovável, banda larga e redes de nova geração, bem como a reabilitação do parque escolar e a alta velocidade. E os Srs. Deputados da oposição reconhecerão que estas são as apostas feitas pelo Governo do PS, são as apostas em que estamos empenhados para resolver a crise.

Aplausos do PS.

Como estaria o País se o Governo não tivesse tomado as medidas que tomou? Quantas das mais de 26 000 empresas que já beneficiaram de apoios das linhas de crédito PME Investe teriam encerrado as suas portas, lançando os seus trabalhadores no desemprego? Quantos dos trabalhadores apoiados no âmbito das medidas de formação no sector automóvel teriam já perdido os seus empregos?

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.
O tempo e os desafios que temos pela frente devem apelar à responsabilidade de todos os partidos.
Apostamos em utilizar, com justiça, todos os instrumentos disponíveis para diminuir o impacto da crise internacional junto das famílias.
Como diria Dante, «No Inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise». Não é, seguramente, o caminho que o PS quer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados Hugo Velosa e Hélder Amaral.
Para o efeito, tem, em primeiro lugar, a palavra o Sr. Deputado Hugo Velosa.