17 | I Série - Número: 076 | 7 de Maio de 2009
Os comportamentos individuais ofensivos para com o candidato do PS são, a todos os títulos, lamentáveis e merecem a nossa total discordância. Mas não são menos repugnantes o oportunismo político, a falsificação e a mentira em que o PS, o seu candidato e José Sócrates se empenharam.
Aplausos do PS.
O PS acusou o PCP de estar por detrás dos incidentes. Isto é, acusou o PCP de se dedicar a organizar agressões e insultos.
Isso é uma intolerável calúnia que não pode passar sem rejeição enérgica e indignada.
O Sr. António Filipe (PCP): — Muito bem!
Protestos do PS.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Fosse qual fosse a filiação partidária dos que provocaram os incidentes, isso não pode ser utilizado para procurar responsabilizar partidos por actos individuais, isolados e que nunca deveriam ter acontecido.
O Sr. António Filipe (PCP): — Muito bem!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas a rapidez com que Vital Moreira acusou o PCP só demonstra que a sua única preocupação e o objectivo desta insultuosa manobra foi caluniar este partido»
Vozes do PS: — Ah!...
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — » e tentar diminuir, perante os portugueses, o seu património de trabalho, de luta por outra política. Não conseguiu e não conseguirá!
Vozes do PCP: — Muito bem!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Já se percebeu que o PS não tem, nestas eleições, nada para dizer aos portugueses»
Vozes do PS: — Não é verdade!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — » e que procurou encontrar nestes incidentes um pretexto para ser notícia e disfarçar a indigência de conteúdo e de proposta da sua campanha eleitoral. Esse foi certamente um dos objectivos desta campanha.
Mas esta campanha teve outros objectivos: visou intimidar e condicionar o direito a lutar contra a política do Governo; visou confundir estes lamentáveis actos com o direito ao protesto.
Protestos do PS.
Foi a continuação das irritadas reacções do Primeiro-Ministro e membros do Governo, cada vez que encontram protestos, cada vez que são vaiados e contestados, o que tem acontecido no norte, no centro e no sul, em escolas, empresas, na ópera, no futebol, em feiras e em tantos outros sítios.
O Sr. António Filipe (PCP): — Muito bem!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Para o Primeiro-Ministro, invariavelmente, esta contestação é obra dos comunistas, o que tem um cheiro intenso a bafio salazarento.