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24 | I Série - Número: 082 | 21 de Maio de 2009

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Duarte.

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Gostaria de evidenciar que o Partido Social Democrata trouxe hoje, a esta Câmara, a discussão de um tema, que consideramos absolutamente fundamental e que tem a ver com a qualidade de ensino no nosso país e com as condições para o exercício desse mesmo processo de ensino e de aprendizagem nas nossas escolas, as quais, na nossa opinião, estão altamente deterioradas e degradadas por acção da teimosia e da obsessão deste Governo.

Protestos do PS.

Ao trazer este tema não deixámos também de apresentar, pela voz do nosso líder parlamentar, uma proposta muito concreta, com dois pontos muito evidentes e claros, uma proposta absolutamente cristalina.
Uma proposta construtiva que tinha o intuito de tentar devolver a paz necessária às nossas escolas, para podermos, por um lado, ter um final de ano lectivo diferente, sem a instabilidade que tem caracterizado a nossa escola e, por outro lado, preparar o próximo ano lectivo de uma forma mais adequada, de modo a termos a tal escola de qualidade e de exigência.
Ora, perante os desafios que aqui apresentámos, o Governo e o Partido Socialista mostraram um enorme desconforto, bem como uma enorme dificuldade em responder a esses reptos.
As propostas eram claras.
Em primeiro lugar, propusemos acabar com a divisão entre professores titulares e professores não titulares na nossa carreira docente. É uma divisão que já provou ser injusta e absolutamente inadequada para o exercício das funções docentes. Sobre isto, tivemos zero respostas. O Partido Socialista falou, falou, falou, mas disse nada quanto a esta proposta. A este respeito o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, hoje dedicado às questões educativas, também nada afirmou.
Portanto, seria bom que se houvesse aqui (gostaria de deixar este desafio para os minutos restantes que quer o Governo quer o Partido Socialista ainda têm) uma resposta clara, porque os portugueses querem saber qual é a convicção do Partido Socialista relativamente a esta matéria. A convicção do PSD é absolutamente clara e evidente! Consideramos que esta divisão é artificial e prejudicial àquilo que deve ser a qualidade do ensino nas nossas escolas e que, em última instância, prejudica os nossos alunos.
Em segundo lugar, propusemos também aqui, hoje, o fim desta divisão — uma limitação que também consideramos inadequada — na progressão da carreira dos professores, através de quotas administrativas, pois é causa objectiva de injustiças crassas no nosso sistema de ensino!

Protestos do Deputado do PS Horácio Antunes.

O Sr. Ministro trouxe à colação a questão da Administração Pública! Só que o governo do Partido Social Democrata excluiu deliberadamente os professores porque considerámos que a especificidade da sua função,»

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Ora bem!

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — » a especificidade do seu trabalho dentro da sala de aula, não deveria estar abrangida por este tipo de processo, nomeadamente pelo SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública). E foi precisamente por excluirmos isso que hoje, em coerência, continuamos a defender o que já defendíamos!

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Quem não é coerente neste aspecto é o Partido Socialista, que, no passado, até ganhar as eleições, até ter o voto dos portugueses, teve um discurso e, depois, quando se viu no poder, alterou radicalmente a sua postura relativamente a esta matéria!