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49 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

Sr.as e Srs. Deputados: Diz Agustina que «temos que ser os profetas dum novo caminho, ou então nada»! Esse caminho tem um sentido que os portugueses apontaram no recente acto eleitoral: o País precisa de uma política de verdade!

O Sr. Ricardo Martins (PSD): — Muito bem!

O Sr. José Pedro Aguiar Branco (PSD): — Da verdade exigente na gestão criteriosa dos recursos: o dinheiro não chega para tudo! Da verdade respeitadora das pessoas, das suas preocupações reais, das suas dificuldades do dia-a-dia, das suas necessidades primárias!

Protestos da Deputada do PS Rosa Maria Albernaz.

Da verdade que restaure a confiança — eu sei que dói ouvir a verdade ao Partido Socialista! — de quem hoje sente a frustração de tanta ilusão, que se evaporou na atmosfera mediática que consumiu este Governo.

Protestos do PS.

Da verdade que leve cada um de nós, neste momento difícil que atravessamos, a dar o melhor de si, acreditando que o País lhe retribuirá, com um futuro mais tranquilo, com uma escola melhor, com uma saúde mais próxima, com uma justiça mais credível, com um emprego mais estável, com uma sociedade mais segura.
É com essa política de verdade — que os portugueses reconhecem no PSD — que o Governo será definitivamente censurado nas próximas eleições legislativas!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Lopes.

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: No quadro do agravamento da crise internacional do capitalismo, Portugal sofre, hoje, uma crise nacional profunda.
A política de direita, praticada nos últimos 33 anos, promoveu a destruição do sector produtivo, a quebra da soberania alimentar, o endividamento externo, as privatizações, a ruína das pequenas e médias empresas, o desemprego e a precariedade; promoveu os baixos salários e pensões, a pobreza, as injustiças sociais, a insegurança e a corrupção; empurrou Portugal para o declínio.
A situação em que vivemos tem responsáveis: são o PS, o PSD e o CDS-PP, que se têm revezado, em turnos de governo, sempre orientados pela mesma política, com os resultados que estão à vista.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — O PS prometeu, criou expectativas, falou de mudança; mas, como é hoje evidente, o seu Governo foi não só um continuador da política do PSD e do CDS-PP, como conseguiu levá-la até onde estes partidos não o tinham conseguido.
Optou pelo favorecimento dos grandes grupos económicos e financeiros e por um violento confronto com os trabalhadores e as populações! Ao mesmo tempo que garantiu os lucros do capital financeiro, promoveu a redução do poder de compra dos salários, cortou nas pensões de reforma, reduziu o apoio aos desempregados, atingiu os serviços públicos, em particular o Serviço Nacional de Saúde e a escola pública.
Criou uma situação difícil às novas gerações e compromete o seu futuro.
Atacou os trabalhadores portugueses, com a alteração, para pior, do Código do Trabalho, rasgando os compromissos que havia assumido.