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44 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

Aplausos do CDS-PP.

Depois, sendo absolutamente evidente que a conclusão deste debate é que a tal mudança de atitude é inexistente, chegaram ao ponto de entender que o CDS usurpava qualquer espécie de legitimidade eleitoral.
Ó Sr. Primeiro-Ministro, gostava de lhe dizer o seguinte: é que, nesta campanha das eleições de 7 de Junho, quer eu próprio quer o Dr. Nuno Melo, desde o primeiro dia, falámos em moção de censura ao Governo. Pedimos uma moção de censura ao Governo. Repito, pedimos uma moção de censura ao Governo! Pedimos aos agricultores, aos pequenos empresários, aos médios empresários, aos comerciantes, aos empregadores um «cartão vermelho» ao Governo. Pedimos aos agricultores um «cartão vermelho» ao Governo; aos professores um «cartão vermelho» ao Governo; aos professores um «cartão vermelho» ao Governo; àqueles que acham que se investe menos nas pensões e se fiscaliza de menos o rendimento mínimo um «cartão vermelho» ao Governo; pedimos àqueles que estão intranquilos com os erros da política de segurança um «cartão vermelho» ao Governo! A nossa coerência, Sr. Primeiro-Ministro, está em ter pedido uma moção de censura ao Governo e estar aqui a apresentá-la. É porque o senhor pode discutir o nosso resultado, não pode é negar uma coisa: o seu resultado foi uma derrota inapelável, Sr. Primeiro-Ministro!!

Aplausos do CDS-PP.

Depois, outra coisa em que o Sr. Primeiro-Ministro está igual, absolutamente igual, e isso não recomenda nada de bom para o futuro, não é apenas não responder a nada, não é apenas tentar fazer de conta que o dia 7 de Junho não aconteceu, que foi o que o senhor fez aqui» Porque o Sr. Primeiro-Ministro não tirou qualquer consequência do dia 7 de Junho. Eu acho mesmo uma coisa: chego a suspeitar que o Sr. Primeiro-Ministro fará parte daqueles que ainda acreditam nas sondagens que lhe davam a vitória»

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Porventura achará que ganhou as eleições e que não tem mais nada a dizer senão: «Bem, cometi uns eventuais erros». Há uma certa humildade mas depois não tira consequência alguma, nem quanto aos erros nem quanto à humildade! Ó Sr. Primeiro-Ministro, mas essas sondagens estavam erradas. O senhor não ganhou as eleições, perdeu-as!! E perdeu-as duramente! E isso significou que havia muitos portugueses muitíssimo irritados, cansados, fartos, exaustos, quer do fundo quer do estilo, no sentido da arrogância.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Depois, há outra coisa em que o Sr. Primeiro-Ministro também não mudou, e é uma pena, porque podia, de facto, ter evoluído. É que o Sr. Primeiro-Ministro ainda não percebeu que é o senhor que é escrutinado. Quando o senhor estiver aí, quem lhe faz perguntas é quem está aqui. Se o senhor um dia voltar a estar ali, é V. Ex.ª que faz perguntas a quem está aí.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não é difícil de perceber!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — O senhor acha que os portugueses têm pouca maturidade democrática.
Engana-se! Engana-se, Sr. Primeiro-Ministro! O senhor esquece-se DE que nos últimos 13 anos os senhores governaram 10.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!