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45 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — No meu caso, curiosamente, nunca me critica por aquilo que fiz como Ministro da Defesa e acha sempre que pode dizer o que quer que seja sobre o que quer que seja relativamente às posições do governo.
Sr. Primeiro-Ministro, não julgue que as pessoas se deixam enganar. O Sr. Primeiro-Ministro já pagou um elevado preço por isso. As pessoas sabem o que é que cada um de nós fez! As pessoas sabem qual é o passado, o presente e o futuro de cada um de nós.
Vou-lhe dizer uma coisa: o senhor subestimou-me. Eu não o subestimo. Cometeu um erro comigo. Eu não cometo esse erro consigo.
Mas, olhe, Sr. Primeiro-Ministro, não se esqueça de que quem lhe põe esta moção de censura há uma semana, de acordo com a versão maioritária, de acordo com os comentadores, de acordo com o cenário ideal para o Partido Socialista, é o meu partido que não estava nos «cuidados intensivos», estava nos «cuidados paliativos», Sr. Primeiro-Ministro! E depois, houve as eleições e aquilo que nós humildemente registámos foi que crescemos em relação a 2005 e que precisamos de crescer mais, Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do CDS-PP.

Portanto, deixe-me dizer-lhe: não se engane com as coisas em que acredita mas que não são verdadeiras.
Todos nos lembramos da caducidade dos seus argumentos verificada no dia 7 de Junho, sobre lideranças políticas. Os tais que eram os do passado, os tais que não evoluíam, os tais que eram retrógrados, os tais que estavam estagnados ao nível de 2005 — falso, Sr. Primeiro-Ministro! — até cresceram e cresceram significativamente! Não se engane, Sr. Primeiro-Ministro! Não fique igual. Não acredite naquelas sondagens que lhe davam a vitória, porque o senhor não ganhou, Sr. Primeiro-Ministro! Depois, gostava de dizer-lhe o seguinte: também não faça esse exercício de dizer que os outros que não pensam como o senhor são infantis, ou porque são» — já não sei os termos que o senhor usa! —, porque, ó Sr. Primeiro-Ministro, as pessoas sabem quem é que o avisou quanto aos erros que ia cometer na política de segurança; e quem ç que o está a avisar, ainda, quanto ao õltimo, que ç o Código de Execução de Penas!» Diga lá se o vai manter! As pessoas sabem quem é que o avisou de que a política económica tinha de ser virada para as micro, pequenas e médias empresas e não, apenas, para os grandes projectos!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Porque os grandes projectos não criam emprego no pequeno negócio da cidade de Lisboa, da cidade do Porto ou da cidade de Coimbra, que está com dificuldades em fazer o pagamento por conta, daqui a umas semanas! Que está com dificuldades em pagar ao Estado ou em pagar aos trabalhadores, ao mesmo tempo! Que está com dificuldades no acesso ao crédito! Ó Sr. Primeiro-Ministro, não são os grandes projectos que vão arranjar esses empregos!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — O País está cansado, Sr. Primeiro-Ministro! O Deputado Abel Baptista perguntou-lhe, com todo o rigor: quantos são os projectos aprovados no PRODER? Até lhe disse números: são 3, 30, 300 ou 3000?!...
Quantas são as candidaturas, assinadas contratualmente, ao fim de dois anos e meio? Ó Sr. Primeiro-Ministro, não me desmentiu que fossem apenas três: uma, em Trás-os-Montes e duas em Ferreira do Alentejo! Onde estão as outras, Sr. Primeiro-Ministro?!» Quantos são os contratos assinados no PRODER? Ou julga que nós não nos lembramos de que era para ser em 2007; depois, era para ser até 31 de Dezembro de 2008; depois, era para ser em Janeiro de 2009; depois era em Março; depois, houve um problema, já era em Abril» E, agora, ó Sr. Primeiro-Ministro, estamos à espera!