41 | I Série - Número: 004 | 23 de Setembro de 2010
milionários! Experimentem devolver os submarinos, aqueles que vamos continuar a pagar durante os próximos tempos, ao Sr. Deputado Paulo Portas. É absolutamente vergonhoso!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E, já agora, as PPP do TGV!
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Os senhores não podem vir cantar que têm dois amores: o Estado social, às segundas e terças-feiras, e o PSD, às quartas, quintas e sextas-feiras, ao sábado e ao domingo!
Vozes do BE: — Muito bem!
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Prestam hoje, aqui, contas, pelo acordo que têm feito, pelo bloco central, pelo Programa de Estabilidade 1, pelo Programa de Estabilidade 2, pelo ataque ao subsídio de desemprego, pelo ataque às prestações sociais.
Não nos venham falar de fiscalização,»
A Sr.ª Catarina Marcelino (PS): — Não! É de responsabilidade!
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — » porque aquilo que os senhores deveriam estar a fazer, neste momento, era a fiscalizar o vosso programa eleitoral.
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!
O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Uma vergonha!
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Deveriam estar a prestar contas aos portugueses sobre a razão por que fizeram um «apagão» no programa eleitoral. Eram estas as contas que os senhores deveriam aproveitar para prestar aqui, hoje.
Aplausos do BE.
Fizeram escolhas claras! O Governo do Partido Socialista, efectivamente, vive muito bem com um país entre os «Américos Amorins», as fortunas, os milionários e os desempregados, os precários, os pobres, que colocam nas filas, indignamente, e a quem dizem: «Nós estamos a fiscalizar». É preciso ter vergonha!
Protestos do PS.
É preciso ter vergonha, quando esta é a realidade de milhares e milhares de pessoas, vítimas do desemprego, com agregados familiares sem apoio, vítimas das vossas escolhas, das vossas políticas.
Por isso, é impensável continuarmos a ter um Governo e uma Sr.ª Ministra do Trabalho que nos vêm dizer: «Bom, a crise é uma fatalidade, foi o destino que provocou a crise e nós até vamos fazendo alguma coisa, porque a crise é uma fatalidade». Não era uma fatalidade, Sr.ª Ministra! Não era uma fatalidade e pedimos-lhe, hoje, o mínimo! O Governo que responda: está ou não disponível para voltar atrás, na política de protecção dos desempregados, e repor a legislação que ele próprio criou, no sentido de garantir que quem trabalha 365 dias tem direito ao subsídio de desemprego?!
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exactamente!
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — A resposta é zero! O mínimo que podiam fazer era repor os apoios que criaram! Eram medidas de protecção!
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exactamente!