O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

36 | I Série - Número: 004 | 23 de Setembro de 2010

O Sr. Pedro Rodrigues (PSD): — O pacto de emprego proposto pelo Eng.º Sócrates é mais um pacto de ilusão, é mais um pacto da desilusão do PS.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, a ilusão faz parte do «ADN» deste Governo, não é novidade, não nos surpreende. A realidade, porém, e infelizmente, é bem diversa daquela que é apregoada por este Governo. De facto, apesar de todas as promessas, apesar de todas as tentativas de esconder a realidade, apesar de todas as tentativas feitas pelo PS, pelo Eng.º Sócrates e pelo Governo de iludir os jovens portugueses, a realidade não nos deixa enganar.
No quarto trimestre de 2005 a taxa de desemprego atingiu o valor de 8%. Em termos de valores médios anuais, a taxa de desemprego passou de 6,7%, em 2004, para 7,6%, em 2005, fixando-se em 8% no quarto trimestre de 2005, sendo que, em 2010, a taxa de desemprego do segundo trimestre foi de 10,6%.
Se, em 2005, o número total de desempregados atingia os cerca de 450 000 portugueses, em 2010, o número de desempregados está estimado em 600 000, ou seja, mais 145 000 portugueses estão no desemprego, o que significa que o Governo não só falhou com a sua promessa de criar mais 150 000 postos de trabalho, como, na verdade, destruiu 150 000 empregos!

Aplausos do PSD.

Risos do PS.

Aliás, o Eng.º Sócrates, honra lhe seja feita, acertou no nõmero: acertou nos 150 000», mas, infelizmente, este número não representa o número de empregos criados, tal como prometido, mas, sim, o número de postos de trabalho que se perderam em Portugal nos últimos cinco anos!

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Rodrigues (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Sendo preocupante o problema do desemprego em Portugal, especialmente dramático é o desemprego jovem no nosso país.
No quatro trimestre de 2005, a taxa de desemprego na população entre os 15 e 24 anos era de 16,1 % e nos jovens entre os 25 e os 34 anos era de 8,9%.
Em 2010, no segundo trimestre, a taxa de desemprego subiu para 21,3% entre os jovens na faixa etária entre os 15 e os 24 anos, ou seja, o resultado das políticas de ilusão do Governo resulta no catastrófico aumento do número de desempregados jovens.
É, pois, bom que este Governo tenha presente que 2 em cada 10 jovens, 20 em cada 100, se encontram no desemprego.
É bom que a Sr.ª Ministra, o Sr. Primeiro-Ministro e o Governo tenham a noção de que cerca de 57 000 licenciados jovens procuram emprego, o que não só revela uma manifesta desadequação entre a oferta das universidades e a procura do mercado de trabalho, como também a incapacidade do nosso tecido empresarial em absorver mão-de-obra qualificada.
Tal facto, além de conduzir a uma frustração das expectativas dos jovens licenciados, obriga a que saiam do nosso país para procurarem alternativas. Ora, isto significa que desperdiçamos mão-de-obra qualificada de que muito precisamos para a promoção do nosso desenvolvimento.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Será que o Primeiro-Ministro ainda não percebeu que não se governa por anúncios? Será que o Primeiro-Ministro ainda não percebeu que a nossa geração, a geração empreendedora, aguarda realizações e não se satisfaz com meras proclamações de intenções?

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Essa agora?!

O Sr. Pedro Rodrigues (PSD): — Será que o Primeiro-Ministro ainda não percebeu — e pode a bancada do PS afectar-se com isso — que pode anunciar uma, duas, três, quatro vezes, até pode repetir as mesmas promessas nos diversos programas eleitorais, que não satisfaz a nossa geração?