12 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010
O que significa que sempre estiveram confortáveis com os resultados que os alunos tinham na área da educação, em Portugal. O Partido Socialista não esteve nem está confortável com isso e, por isso mesmo, está disponível para continuar este caminho, em comunhão com os agentes educativos que estão o terreno e sempre com a disponibilidade e a abertura necessárias para melhorar. Sempre para melhorar!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Manuel Rodrigues.
O Sr. José Manuel Rodrigues (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Paula Barros, como vê, não há silêncio por parte daqueles que, por vezes, acusam o Governo de facilitismo na área da educação.
Sr.ª Deputada, quais são, na sua opinião, as razões que levam a estes resultados do Relatório PISA? As duas medidas apontadas pelo Sr. Primeiro-Ministro foram a escola a tempo inteiro e introdução do Inglês no 1.º ciclo, mas os alunos agora com 15 anos, que foram avaliados por esse relatório, ainda não beneficiaram dessas duas medidas.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. José Manuel Rodrigues (CDS-PP): — A terceira questão apontada pelo Sr. Primeiro-Ministro para esta evolução do relatório PISA é a do ensino profissional. Ora, a introdução do ensino profissional não é de um governo do Partido Socialista, é do XV Governo Constitucional.
Aplausos do CDS-PP.
Sr.ª Deputada, não pomos em causa os resultados do Relatório PISA e, como partido com sentido de Estado, só nos podemos congratular com os resultados que foram obtidos e com a evolução do sistema educativo. Isso diz mais respeito aos alunos que estudam e aos professores que ensinam do que ao Governo do Partido Socialista, que apenas desmotivou os professores e lançou a educação numa autêntica indisciplina.
Aplausos do CDS-PP.
Sr.ª Deputada, já agora, gostaria que me dissesse quais foram as escolas que contaram para este Relatório PISA, qual foi o critério de selecção dessas escolas e qual foi a constituição da amostra que levou a estes resultados. É que isto é muito importante para saber se o Relatório PISA espelha realmente os bons resultados que a Sr.ª Deputada aqui apregoa.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Barros.
A Sr.ª Paula Barros (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Manuel Rodrigues, sou tentada a dizer-lhe que os resultados que estão plasmados no Relatório PISA 2009 são mesmo fruto do acaso, devem ser fruto do acaso» Não são fruto de políticas educativas nem do trabalho e esforço de professores, alunos e comunidades educativas, que bem implementaram essas políticas educativas. Não! Nada, mesmo nada disto conta! É um acaso ou, então, quem sabe, Sr. Deputado Manuel Rodrigues, é mesmo consequência do exercício governativo do XV Governo Constitucional, em que se falava em profundas reformas na área da avaliação, em provas de aferição, em exames, em manuais escolares, e tudo isto que o XV Governo Constitucional anunciou para a área da educação culminou num desgraçado concurso que criou a maior das estabilidades nas escolas e no sistema educativo em Portugal»