67 | I Série - Número: 032 | 22 de Dezembro de 2010
» quase lhe saltavam as veias das têmporas, tal era o estado de comoção em que se encontrava.
Contudo, vamos lá fazer um debate sério e calmo.
Aplausos do PS.
Sr. Deputado, no que diz respeito ao debate sério, quero dizer-lhe que o senhor teve de reconhecer aquilo que não disseram vez nenhuma, até agora, neste Parlamento: o tal valor de que aqui falavam, os 630 euros, é um valor per capita. O que eu aqui disse e que o Sr. Deputado, há pouco, disse»
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Eu disse «por titular»!
O Sr. Secretário de Estado da Segurança Social: — Não, não! Há pouco»
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Falei em cada titular!
O Sr. Secretário de Estado da Segurança Social: — Sr. Deputado, na defesa da honra, ainda agora, e estará registado no Diário, fugiu-lhe a boca para o que lhe interessava e falou em 630 euros no casal. Isto é para confundir os portugueses!
Protestos do Deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares.
Não disse isso, Sr. Deputado! Isso é para confundir os portugueses! Sr. Deputado Pedro Mota Soares, reitero que esta medida abrange famílias com um filho e rendimento acima de 1257 euros, e não de 630 euros, e famílias com dois filhos e rendimento de 1886 euros, e não de 630 euros. Debate sçrio ç isto,»
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Tenha vergonha!
O Sr. Secretário de Estado da Segurança Social: — » ç dizer quais são os rendimentos a partir dos quais, efectivamente, não será pago o abono de família.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — São 628,5 euros por titular!
O Sr. Secretário de Estado da Segurança Social: — Pois! Mas não foi assim que o Sr. Deputado o disse e todas as bancadas o têm dito de outra forma, apenas para confundirem os portugueses.
Os valores que referi são aqueles que o senhor, hoje, teve de reconhecer aqui, e espero que sejam devidamente divulgados.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — São 628,5 euros!
O Sr. Secretário de Estado da Segurança Social: — Também me foi aqui pedida responsabilidade e quero dizer o seguinte: sim, o Governo assume a sua responsabilidade, no Orçamento do Estado para 2011 e na execução orçamental, mas o que se esperava deste Parlamento era também responsabilidade, em face da situação difícil do País. Infelizmente, o que encontramos é a irresponsabilidade das bancadas da oposição, na execução orçamental de 2011, é o «lavar das mãos», é o «empurrar os problemas». Nem deixam começar o ano de 2011, estão já a «torpedear» a nossa capacidade de cumprir as responsabilidades de Portugal. Isto é inaceitável e denunciá-lo-emos sempre que aqui viermos!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Ainda para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado.