O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

34 | I Série - Número: 059 | 4 de Março de 2011

Podem dizer que tem plano de segurança — se calhar, a Sr.ª Deputada até diz que tem — , mas de que vale o plano de segurança quando os trabalhadores não o conhecem? O sistema de ventilação foi vendido pelo actual concessionário assim que lá chegou, o que tem levado a que muitos trabalhadores tenham problemas de saúde.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Uma vergonha!

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar.

O Sr. João Ramos (PCP): — Termino, Sr. Presidente, dando o exemplo do contributo da intervenção do PS no distrito de Beja.
Como referi na intervenção feita da tribuna, nestes anos de governação do PS, se compararmos o número de habitantes do distrito, entre 2005 e 2009, o distrito perdeu 3,2% da população. Só neste mês de Janeiro, inscreveram-se nos centros de emprego do distrito mais 1261 pessoas, o que representa um aumento de 5,4%, em termos de comparação com o período homólogo. Estes são só os que estão inscritos. Quantos desempregados mais é que haverá no distrito?

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Artur Rêgo.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sr. Presidente, agradecemos ao Sr. Deputado João Ramos e ao Partido Comunista por ter trazido esta matéria ao Plenário.
Efectivamente, se há região neste país que tem sido maltratada, negligenciada, não só pelo poder político executivo como até por este fórum, é o Alentejo.
Há muitas palavras de circunstância, há muita conversa de ocasião, quando o assunto é discutido, mas imediatamente a seguir se passa ao esquecimento.
Embora queira colocar as questões ao Sr. Deputado, não resisto a comentar a intervenção da Sr.ª Deputada Conceição Casa Nova.
É louvável aquela que tem sido a actuação e a governação do Partido Socialista no que diz respeito ao Alentejo! Vou referir-lhe alguns dos contributos: em zonas desertificadas, empobrecidas, deprimidas e com uma população em recessão e em envelhecimento, em que era preciso criar âncoras que fixassem essas populações, o Governo do Partido Socialista fechou escolas, obrigando à deslocação das populações de pequenas povoações para centros maiores, havendo uma cada vez maior diminuição da população nesses pequenos povoados.
O Governo do Partido Socialista fechou centros de saúde, fechou centros de atendimento e chegou ao cúmulo e ao descaramento de, não tendo coragem de fechar determinados centros de atendimento, a propósito do receituário e da prescrição electrónica, dizendo que esses centros não tinham os terminais electrónicos necessários à instalação de software, obrigar as pessoas a irem às capitais de distrito e de concelho ou, então, mandam um estafeta, uma vez por semana, recolher as necessidades dos utentes. Estão a ver que o estafeta tem qualidades mçdicas para poder fazer o diagnóstico e aviar a receita, á distància» Isto foi o que o Partido Socialista fez pelo distrito de Beja, nos últimos anos! E ainda que não seja o Governo directamente, mas é da responsabilidade do Governo, porque implica empresas públicas ou participadas pelo Estado, acrescento o encerramento de postos de CTT, a diminuição dos serviços de atendimento da EDP e a deslocalização para a capital do distrito de uma série de serviços que criavam postos de trabalho e eram âncoras para todas as pequenas povoações do distrito de Beja.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Esta foi a política do PS.