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36 | I Série - Número: 062 | 11 de Março de 2011

Que Estado social é o seu, Sr. Primeiro-Ministro quando o nosso País está confrontado com mais de 700 000 desempregados, quando dezenas de milhares de jovens licenciados não têm emprego nem perspectivas de vir a ter emprego no curto prazo, quando temos mais de 1,2 milhões de trabalhadores precários, quando há milhares de estudantes que vêem reduzido o seu apoio social?! Sr. Primeiro-Ministro, é este o Estado social que o senhor defende? A quem é que o Sr. Primeiro-Ministro pede sacrifícios na situação de crise em que estamos? Não é aos grandes accionistas, não ç aos especuladores,»

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Porque os bancos não pagam!

O Sr. António Filipe (PCP): — » o Sr. Primeiro-Ministro pede sacrifícios aos jovens, aos trabalhadores, aos reformados. É a estes que o Sr. Primeiro-Ministro pede sacrifícios. Pergunto-lhe, Sr. Primeiro-Ministro: qual é a perspectiva que o seu Governo apresenta a estes jovens, a estes trabalhadores, aos reformados, no nosso País? A perspectiva é a de lhes dizer que, se for preciso impor mais sacrifícios, o Governo cá está para os impor. — é esta a perspectiva que o seu Governo apresenta a estes portugueses, e diz-se defensor do Estado social.
Digo-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que, com amigos como o senhor, o Estado social não precisa de inimigos para ser destruído. Mas também lhe digo que, se pensa que os portugueses se resignam perante estas políticas, o Sr. Primeiro-Ministro está muito bem enganado.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Duarte Costa.

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, esta moção de censura, apresentada pelo Bloco de Esquerda, coloca a questão da democracia e da transparência das escolhas na vida de todos e, por isso, suscitou a hostilidade que suscitou, porque clarifica uma maioria e o programa dessa maioria, que é a maioria orçamental, a maioria que congrega o Partido Socialista e a direita no apoio ao Governo, neste contexto. E este programa é o programa do radicalismo, é uma contra-revolução, Sr. PrimeiroMinistro, uma contra-revolução nunca sufragada, porque nunca foi a votos, nunca foi apresentada ao eleitorado como aquilo que é realmente, ou seja, uma reversão completa do modelo social português, dos direitos do trabalho e das regras da contratação neste País.
Falou-nos de irresponsabilidade. Sr. Primeiro-Ministro, irresponsável é deixar na «tempestade» os que têm menos meios para se defenderem no momento da crise,»

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Exactamente!

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — » ç responder com o corte do subsídio de desemprego quando mais gente, e são cada vez mais, pretende aceder ao subsídio de desemprego, nos centros de emprego, e menos são aqueles que o conseguem, menos são aqueles que obtêm uma resposta do Estado no momento mais difícil da sua vida.

Aplausos do BE.

Meio milhão de pessoas perdeu o acesso ao abono de família, muitas delas de famílias carenciadas, como sabe, Sr. Primeiro-Ministro.
A caricatura do sectarismo é a sua Ministra do Trabalho, Sr. Primeiro-Ministro, à saída da reunião da concertação social. É que sai a falar de um acordo futuro que não conta com a maioria dos sindicatos, sai sorridente com essa vitória,»

O Sr. Primeiro-Ministro: — Que pobreza!