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36 | I Série - Número: 064 | 17 de Março de 2011

É verdade que se trata de um caminho difícil, mas não há outro caminho seguro a prosseguir — a oposição sabe que é assim. Portugal precisa de continuar a vencer este desafio.
O défice orçamental de 2010 ficou abaixo da meta dos 7,3% e os dados das contas públicas dos dois primeiros meses deste ano apontam para resultados positivos que nos dão confiança de que, também em 2011, a meta do défice orçamental de 4,6% será cumprida.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — O crescimento económico de 2010 foi de 1,4%. Para alguns líderes partidários este crescimento foi um resultado entristecedor, mas a verdade é que um crescimento de 1,4% representou o dobro das melhores previsões.
Quer ao nível da consolidação orçamental quer ao nível da recuperação económica, os resultados transmitem confiança neste enorme desafio que o País enfrenta, um desafio que passa por reduzir o défice orçamental até 2013.
Todos sabemos que é assim, sabemos que são medidas duras e impopulares, mas necessárias a vários níveis, nomeadamente para a defesa do Estado social.
Quem diz o contrário está somente importado em ganhar votos com a situação do País, numa linha demagógica de que quanto pior for a situação maior será o benefício político próprio. Aqueles que acham que este não é o caminho, então que apontem uma alternativa credível e exequível.
Não basta criticar, apontem alternativas!

Aplausos do PS.

Por um lado, vemos uma direita obsessivamente concentrada em regressar ao poder. E, pior: esta direita tem uma agenda liberal, uma agenda liberal que pretende desmantelar o Estado social,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E o PS?!

Vozes do BE: — O PS não?!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — » privatizando a segurança social, a saúde e a educação.
Por outro lado, vemos a extrema-esquerda ao seu melhor nível: irresponsavelmente indisponível para qualquer solução. É uma extrema-esquerda empenhada em destruir o Governo do Partido Socialista e, com isso, «levar ao colo» a direita ao poder.

Aplausos do PS.

Claro está que o debate de hoje não foge deste contexto.
Independentemente do tema em debate, o Bloco de Esquerda, no seu jeito populista, moralista e radical, procura sempre diabolizar o Governo.
Contudo, os tempos são de enorme responsabilidade. Criar uma crise política na actual conjuntura é empurrar Portugal e os portugueses para uma situação muito penosa.

O Sr. Honório Novo (PCP): — O discurso está afinadinho!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Srs. Deputados, passemos agora ao tema das parcerias públicoprivadas.
Importa começar por dizer que as parcerias público-privadas não são um inimigo da economia, como tem sido apregoado pela extrema-esquerda e, agora, porque dá jeito, pela direita parlamentar. Muito pelo contrário, as parcerias público-privadas são acordos entre o Estado e entidades privadas na prossecução de projectos de interesse público.