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37 | I Série - Número: 065 | 18 de Março de 2011

A última comunicação da União Europeia nesta matéria chama justamente a atenção para o valor da língua como instrumento de negócio e elemento importante na economia. Sabemos que a nossa língua pode ser uma ferramenta indispensável no relacionamento da Europa, através de Portugal, com todo o mundo que se exprime em língua portuguesa e agora fica «espremido» por ser substituído pelo francês ou alemão, ou outras línguas que nos são estranhas.

Aplausos do CDS-PP.

É lamentável que do Governo português ninguém pareça compreender a importância deste dossier e nas bancadas do PS e do PSD ninguém pareça perceber a importância da nossa língua para o presente e para o futuro estratégico de Portugal.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, findas as declarações políticas, passamos à apreciação do Decreto-Lei n.º 136/2010, de 27 de Dezembro, que reduz a composição dos conselhos de administração dos hospitais com natureza de entidades públicas empresariais, extingue a Estrutura de Missão Parcerias Saúde e procede à quarta alteração do Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, e à segunda alteração do Decreto-Lei n.º 219/2007, de 29 de Maio [apreciação parlamentar n.º 85/XI (2.ª) (PSD)].
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, nos anais da História este Governo dificilmente se livrará da imagem de ser um governo de «faz de conta», um governo de enganos e um governo e de embustes.
Exemplos há milhares, às vezes, mesmo, exemplos caricatos. Mas vamos circunscrever-nos hoje a um exemplo flagrante de como assim é. Falamos concretamente do Decreto-Lei n.º 136/2010, de 27 de Dezembro, no que se refere, em particular com a composição dos conselhos de administração dos hospitais.
Relembro que, em 2005, acabado de chegar ao governo, José Sócrates aumentou o número de membros do conselho de administração, que em regra era de cinco, para sete. Veio a austeridade, que levou a que em 2010 o tal Decreto-Lei n.º 136/2010 levasse a uma redução de sete para cinco o número de membros do conselho de administração.
Tempos de austeridade, é certo; tempos em que se congelam pensões, em que se retiram abonos de família, em que se reduz a comparticipação do Governo nos remédios, em que se corta nos salários. Era, pois, necessário o exemplo vir do Governo. E o Governo, no artigo 3.º desse Decreto-Lei diz que passam para cinco os membros do conselho de administração, mas, atenção, sem prejuízo da manutenção dos actuais conselhos de administração até ao final dos respectivos mandatos. Ficava assim dito que a redução do número de sete para cinco afinal não seria. Quem estava à espera desta atitude firme e de transparência, desta solidariedade com a posição de austeridade que estava a ser imposta aos portugueses enganou-se. Afinal o número só passaria a cinco à medida que fossem acabando as comissões de serviço, isto é, um e dois anos depois.
Entretanto, estes membros dos conselhos de administração continuam a ter os seus salários, os seus automóveis, os seus cartões de crédito, as suas ajudas de custo e tudo aquilo a que têm tido regaladamente direito.
Ora, esta situação não pode continuar, em nome da solidariedade perante o momento de austeridade, que tem de ser para todos, sem excepção! Por isso, o PSD traz uma proposta muito simples: a de que, no primeiro dia do mês seguinte ao da publicação do diploma, que há-de ser, com certeza, alterado, se assim for decisão do Parlamento, seja imediatamente reduzido o número de membros dos conselhos de administração de sete para cinco.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.