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18 | I Série - Número: 066 | 19 de Março de 2011

Mas o que aqui se deve dizer é o seguinte: acho que não vale a pena, acho que já se percebeu que todo o comportamento do Governo tem sustentação e já se percebeu também que não vale a pena insistir na questão procedimental.
De facto, perante o País, os senhores têm a obrigação — os senhores, que estão à beira de criar uma crise política em Portugal, os senhores que verdadeiramente querem seguir por esse caminho, porque têm receio de alguma contestação interna, os senhores, que entre a vossa liderança e Portugal optaram pela vossa liderança em detrimento de Portugal —,»

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não diga isso! Isso é uma fantasia!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — » os senhores, dizia, têm a obrigação de começar a dizer, hoje e aqui, nesta Câmara e nos próximos dias, o que pensam, que soluções têm, que alternativas preconizam, que medidas aplicariam se, porventura, hoje, tivessem a responsabilidade de governar o País.

Aplausos do PS.

Porque há um pequeno exercício de seriedade que se impõe e é uma exigência que se tem de fazer ao maior partido da oposição: quando fala sobre as questões mais importantes que se colocam na vida do País, que pense antes de falar no que faria se estivesse a governar este País!

Aplausos do PS.

E os senhores, infelizmente, falam de uma forma totalmente irresponsável, não apresentam qualquer solução, não apresentam qualquer horizonte, que não seja o de uma crise, de que o País não precisa! Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, para terminar, o que quero salientar é justamente isso: temos de resistir a tudo, resistir à crise, resistir às dificuldades, resistir aos problemas, mas também resistir à irresponsabilidade destas oposições, resistir à demagogia que tantas vezes se impõe, neste momento, e resistir de uma forma muito simples.
Sr. Primeiro-Ministro, há muitos momentos — e nós todos sabemos que a vida política é tensa e difícil, e nós todos sabemos que dentro dos partidos políticos, que são entidades complexas, há sempre expectativas que se geram, há sempre dificuldades, há sempre quem esteja insatisfeito, há sempre quem esteja pronto a aproveitar a mais pequena dificuldade para daí retirar um pequeno ganho, como é agora manifestamente o caso do PSD» —, em que o que se exige de um líder político é que esteja acima das circunstâncias, particularmente quando vivemos as mais terríveis circunstâncias, como as que vivemos do ponto de vista internacional desde as últimas décadas.
Sr. Primeiro-Ministro, a nossa convicção absoluta é a de que este é o caminho de que Portugal precisa e contará com o nosso apoio e com o nosso empenhamento para prosseguirmos por esse caminho.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Sr. Deputado Francisco Assis, todos os Deputados se lembram do episódio político relativo ao Orçamento do Estado para 2011.
Nessa ocasião tive ocasião de, em nome do Governo, convidar o PSD para uma negociação prévia ao Orçamento do Estado. Falei com o líder do PSD e convidei-o a discutir com o Governo as principais orientações para o Orçamento do Estado de 2011.
Qual foi a resposta do PSD? Não, não negociamos previamente! A responsabilidade por apresentar as medidas ç do Governo, o Governo tem de apresentar primeiro as medidas»

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Primeiro, em Bruxelas»!