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20 | I Série - Número: 066 | 19 de Março de 2011

Desculpar-me-ão, mas o que é absolutamente uma completa falta de seriedade é não apenas dizer que não querem conversar, que querem abrir uma crise, mas virem para aqui durante esta manhã dizer: nós queremos abrir uma crise, mas os responsáveis são os senhores» Desculpem, isso ç não querer assumir as responsabilidades! Srs. Deputados, o que tenho a dizer ç muito simples: esta crise ç evitável»

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Se tivéssemos um Sr. Primeiro-Ministro responsável, era!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Esta crise não deve acontecer! Nós não devemos ter uma crise política, porque isso é muito negativo para o País e negativo para a Europa! Como já disse, uma crise política, neste momento, colocará Portugal numa situação de grande fragilidade, fragilidade ao nível europeu e fragilidade também na sua posição, para que Portugal tenha sucesso naquilo em que tem tido sucesso, que ç evitar um pedido de ajuda externa»

O Sr. Luís Menezes (PSD): — É o que os senhores estão a preparar!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E o que é absolutamente indecoroso é o PSD vir dizer que está negociada a ajuda externa!» Que já está negociada?!»

Vozes do PSD: — Isso já está preparado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não, Srs. Deputados! Isso foi o que os senhores andaram a tentar fazer crer durante estes õltimos três meses»

Vozes do PSD: — É, ç»!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quando todos os dirigentes do PSD e ex-ministros diziam numa semana que «O FMI está ai a vir», «o FMI é inevitável», tentando minar a confiança no País e tentando que se pudessem aproveitar da entrada do FMI para, então, provocarem uma crise política!» A verdade é a seguinte: o Governo tem tido sucesso na defesa do Pais perante a necessidade de pedido de ajuda externa»

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Mas isso está escrito nas declarações da Cimeira.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mais uma vez quero dizer que todos os Deputados devem pensar duas vezes, duas vezes!, antes de fazerem aquilo que alguns dizem que vão fazer!! E o meu dever é apelar a essa responsabilidade, porque uma votação expressa aqui, no Parlamento, contra o PEC significa que o País não se quer comprometer com uma redução orçamental nos próximos anos, redução orçamental essa que é vital para obter a confiança das instituições e para obter a confiança dos mercados! Isso será uma aventura e uma aventura perigosa que terá consequências. E aquilo que me parece entender das posições do PSD quando o líder do PSD declara, várias vezes, que não se deve diabolizar o FMI, que não se deve considerar o FMI como uma coisa negativa, quando o líder do PSD declara que está disponível para governar com o FMI, eu digo-lhe, Sr. Deputado: tudo farei para evitar o FMI e se os senhores abrirem uma crise estão a ser responsáveis por isso!!

Aplausos do PS.

O que é absolutamente indecoroso, na falta de seriedade política, é que o PSD considere o facto de o Governo ter obtido a confiança dos seus pares e a confiança das instituições europeias como significando já, diz o PSD, uma ajuda externa. Ajuda externa?! Ó Srs. Deputados, ajuda externa implica um compromisso, um contrato, e isto faz-se com o FMI!