22 | I Série - Número: 066 | 19 de Março de 2011
O Sr. Primeiro-Ministro: — Nunca assisti a uma tomada de posição de um Governo, no sentido de defender o País, e, depois, no dia seguinte, o partido da oposição esperar que a cimeira termine»
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Diga o que ele lhe disse!
O Sr. Primeiro-Ministro: — » para vir, imediatamente, criticar o Governo, enfraquecendo a posição do País.
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Diga o que ele lhe disse!
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Olhe, Sr. Deputado, o que é preciso esclarecer é porque é que o PSD mudou de atitude.
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Diga o que ele lhe disse!
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Não falte à verdade!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Ó Sr. Deputado, não me fale em verdade, Sr. Deputado!
Protestos do PSD.
Essa pretensão da verdade, Sr. Deputado, é uma pretensão de moralidade, que não tem a mínima razão de ser.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou concluir, Sr. Presidente, mas, a propósito de verdade, talvez seja útil esclarecer»
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Diga o que ele lhe disse!
O Sr. Primeiro-Ministro: — » qual foi a razão pela qual o primeiro responsável do PSD reagiu naquela manhã de sexta-feira, dizendo que era positivo e responsável que o Governo reforçasse medidas para reduzir despesa e dívida. Era positivo e responsável!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Isso é verdade!
O Sr. Primeiro-Ministro: — O que é que se terá passado desde essa manhã até ao fim do dia, para que o Dr. Passos Coelho tivesse decidido, afinal, criticar aquilo que, antes, aplaudira.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, as pensões estão indexadas ao IAS. Se o Sr. Primeiro-Ministro congela o IAS, está a congelar as pensões que lhe estão indexadas. Já o tinha feito, por acordo com o PSD, em relação a 2011, prepara-se para o fazer, novamente, em 2012 e 2013. O senhor fala muito em «Estado social«, mas acabará o detestado «social« para aqueles que têm 246 € por mês