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15 | I Série - Número: 071 | 1 de Abril de 2011

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Pois não!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — A história já se encarregou de demonstrar que essa aliança de toda a esquerda diminuiu e sacrificou os jovens.
As suas promessas de mais e mais para todos, e sempre, implodiram perante a realidade de que os recursos são limitados e de que os jovens querem oportunidades e não subsídios, querem esforço e mérito e aceitam o risco, em vez de aguardar preguiçosamente pela tolerância dos privilégios adquiridos e pelo facilitismo de um Estado socialista em falência vertiginosa.

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Os desempregados são uns preguiçosos! Já ouvimos isso muitas vezes!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Cada jovem português que emigra tem demonstrado esse falhanço. Esses jovens não ficam no Portugal dos subsídios nem partem para países de utopia socialista.
Esses jovens emigram para terras de oportunidades, onde a legislação laboral é mais flexível, o Estado é mais magro e eficaz, a iniciativa pública apoia quem mais precisa e estimula oportunidades, em vez de tudo tentar ocupar e viciar os jovens com subsídios e estágios.
Tantos jovens portugueses já estão a desistir ou a abandonar o País, em recusa dessa ilusão socialista e de esquerda dos subsídios, do emprego público, do endividamento público brutal e das obras faraónicas, cuja factura é deixada aos jovens, de uma oferta educativa que tem de existir só para existir, mesmo que sem qualidade nem perspectivas de empregabilidade.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Tão jovem e tão antiquado!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Portugal não é isto nem tem de ser isto! Felizmente, estamos em fim de ciclo e uma nova esperança se abre.
Esta é a oportunidade de acreditar e de dar oportunidades aos jovens. É a oportunidade das gerações que se querem qualificar, querem arriscar, querem fazer bem e ser reconhecidas por isso, querem empreender e inovar, querem emancipar-se, sair de casa dos seus pais, constituir família, querem poder escolher o seu futuro sem a submissão à factura deixada pelas gerações anteriores.
Nestes tempos difíceis, chega a oportunidade e a necessidade da justiça intergeracional, em que os poucos que detêm agora o poder não mais sentirão que de tudo se podem aproveitar e que com tudo podem ficar, mesmo a liberdade e o futuro das novas gerações.
É tempo de uma justiça intergeracional que se faça com o fomento à efectiva criação de emprego e à contratação, com mais equilíbrio no acesso ao mercado de trabalho; com a racionalização, eficiência e sustentabilidade do Estado e do seu sector empresarial; com rigor e limites sustentáveis na despesa, no endividamento e nos investimentos públicos; com sustentabilidade da segurança social e dos cuidados de saúde; com aposta na iniciativa das pessoas e instituições sociais como parceiros do Estado e das autarquias na solidariedade social; com uma educação que seja geradora de oportunidades e mobilidade social para todos, independentemente da sua condição económica e social, em que o mérito, a exigência, a avaliação e a aquisição efectiva de competências»

O Sr. Manuel Mota (PS): — Essa da avaliação é para rir!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — » sejam a regra e a mçtrica, em que as escolas, professores, estudantes e famílias tenham a responsabilidade, a autonomia e a liberdade para construir o seu projecto e o percurso educativo; com uma aposta no empreendedorismo como solução sistémica de realização profissional ou cívica das pessoas; com a promoção do arrendamento pelo desbloqueio da oferta e com a promoção da natalidade e da família.
As novas gerações sofrem com as dificuldades do presente, mas ainda esperam pela oportunidade de um diferente futuro.