7 | I Série - Número: 074 | 6 de Maio de 2011
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E o PSD assina!
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — … alargando, estendo e minorando os efeitos económicos e sociais que o percurso anteriormente prosseguido tinha.
Com este acordo, as empresas e a economia ganham, apesar de tudo, mais financiamento e espaço para crescer; com este acordo, as pensões mais baixas não são atingidas; com este acordo, há medidas dirigidas ao aumento da competitividade e da produtividade nacionais que são absolutamente essenciais para garantir o crescimento da economia.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este desgoverno socialista conduziu o País à beira da bancarrota.
Fiz esta afirmação aqui, na Assembleia da República, há vários meses, e foi sempre desmentida.
Portugal está hoje em verdadeiro estado de necessidade, do ponto de vista financeiro. O PSD, neste quadro, assume, uma vez mais, a sua responsabilidade patriótica: não será por nós que Portugal e os portugueses ficam sem futuro e sem solução.
Quem nos conduziu a este situação não tem — afirmo-o uma vez mais aqui — perdão! Quem determinou os pesados sacrifícios que hoje são impostos aos portugueses… O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E aceites pelo PSD!
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — … não tem qualque r condição para devolver a esperança ao País! Nós, PSD, acreditamos que Portugal tem solução, e é por isso que lutamos todos os dias!
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco de Assis.
O Sr. Francisco de Assis (PS): — Sr. Presidente, Srs. Ministros, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD está, neste debate, numa situação verdadeiramente paradoxal, que, no fundo, se resume numa frase — acha que é um bom acordo negociado por um mau Governo.
Mas a verdade é que é um bom acordo, e é um bom acordo negociado por um Governo que assumiu sempre as suas responsabilidades e que as enfrentou em todas as circunstâncias!
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — É extraordinário!
O Sr. Francisco de Assis (PS): — Um Governo que percebeu os problemas com que estávamos confrontados e que tudo fez para que fossem resolvidos.
O Governo apresentou, na altura própria, um programa de estabilidade e crescimento que correspondia às necessidades do País e que suscitou uma apreciação positiva das instâncias europeias, do Banco Central Europeia, da Comissão Europeia e dos nossos parceiros europeus,… O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Os vossos chefes!
O Sr. Francisco de Assis (PS): — … e que ia claramente no bom caminho, que era o de fazer face ao problema mais agudo com que estamos confrontados. E que é um problema de dificuldades do financiamento externo do Estado, do sistema financeiro e da economia; e que é um problema que tem a sua razão de ser numa alteração profunda da situação internacional, coisa que, por vezes, o PSD quer ignorar, mas que é a razão fundamental da situação com que estamos confrontados.
O Governo fez o seu trabalho, e fê-lo bem feito, o que suscitou a apreciação favorável dos nossos parceiros a nível europeu.
Irresponsavelmente, os partidos da oposição, que aqui nunca se uniram em torno de outra coisa que não fosse o pôr em causa a acção do Governo, chumbaram o PEC,… O Sr. Miguel Macedo (PSD): — E bem!