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10 | I Série - Número: 074 | 6 de Maio de 2011

O tempo não está para ilusionismos de qualquer espécie! O tempo não está para obsessões ideológicas, seja à direita seja na extrema-esquerda! O tempo está para, com realismo e ambição, construirmos um caminho de exigência de aplicação de reformas profundas em Portugal! Vamos resolver o problema imediato, que tem a ver com financiamento externo do Estado e do sistema financeiro, e temos agora condições para o fazer!… O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Os senhores é que não cumprem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Vamos fazer as reformas necessárias para garantir maior dinamismo à nossa economia, para que ela responsa melhor às questões que resultam de um novo envolvimento internacional, de uma Europa que está diferente e de um mundo que está mais exigente e mais competitivo.
Teremos agora condições para o fazer, continuando a apostar em sectores absolutamente essenciais, como temos vindo a fazer nos últimos anos, em pontos críticos que têm impedido o desenvolvimento estrutural do nosso País: na educação, na formação, na investigação científica, na inovação, na valorização dos nossos recursos humanos.
Vamos também — e este é um outro aspecto da maior importância — reformar o nosso Estado social. Este acordo não põe em causa aspectos fundamentais do Estado social! Este acordo não obriga — como o Sr. Primeiro-Ministro salientou, e bem! — a qualquer alteração de natureza constitucional, o que significa que o nosso modelo constitucional pode permanecer exactamente como está, e aí é que estão consagrados os princípios fundamentais do nosso Estado social.
Quanto ao resto, vamos fazer as reformas que se impõem. Algumas já foram feitas, outras, reconhecemos, já deveriam ter sido feitas, e só não foram feitas porque não encontrámos condições, neste Parlamento, para as promover na Legislatura que agora está a terminar.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Mas vamos empenhar-nos em que sejam feitas, e vamos fazê-lo também com realismo e com seriedade, o que nos distingue da extrema-esquerda, porque esta, quando se fecha um serviço de radiologia por ineficiência no hospital x, acha que é todo o Serviço Nacional de Saúde que está em causa; ou quando se fecha uma escola que só é frequentada por dois alunos, acha que estamos a destruir a escola põblica… O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Pelo contrário, estamos a defender o Serviço Nacional de Saúde e a escola pública!! Estou certo de que há hoje milhões de portugueses…, aliás, milhares de portugueses — também nunca foram assim tantos! — que, no passado, estiveram convosco com alguma esperança e confiança mas que, no futuro próximo, estarão connosco… A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Vamos ver!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — … com a mesma esperança e a mesma confiança, porque sabem que, connosco, se pode realmente defender o Estado social e que os senhores acabam por ser os maiores aliados que a direita política tem hoje em Portugal no seu objectivo de destruir o Estado social.

Aplausos do PS.

A terminar, o que quero salientar e saudar é isso mesmo.
Esta foi a vitória… A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Extraordinário!