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8 | I Série - Número: 074 | 6 de Maio de 2011

O Sr. Francisco de Assis (PS): — … abriram uma crise política, agravaram a crise financeira, a crise económica e criaram riscos sérios de uma gravíssima crise social. Mas o Governo continuou a assumir as suas responsabilidades, não se demitiu das suas obrigações e assegurou a liderança deste processo negocial, que agora levou à conclusão deste acordo, que o próprio PSD reconhece ser um bom acordo e um acordo que serve o interesse nacional.
Nós também achamos que é um bom acordo, por isso queremos felicitar, em primeiro lugar, o Governo e muito em particular até, neste caso, o Sr. Ministro de Estado e das Finanças pelo trabalho que levou a cabo e que teve como consequência a celebração deste entendimento.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — É evidente que temos consciência das dificuldades com que o País está confrontado — seria um acto de pura ilusão ignorá-las.
Não temos qualquer razão para entrar num período de euforia absurda! Temos razões para olhar com sentido de responsabilidade e exigência para o futuro.
Porém, este acordo também demonstra que eram falsas as teses catastrofistas em que alguma oposição se especializou nos últimos anos, em Portugal.

Protestos da Deputada do PSD Teresa Morais.

O PSD, aliás, não consegue esconder alguma desilusão em relação a este acordo, por razões que já vou explicitar em seguida.
A tese daqueles que achavam que o País estava, de facto, confrontado com uma crise inultrapassável, que estávamos confrontados com um cenário de bancarrota, que tínhamos uma situação idêntica à da Irlanda e da Grécia, que teríamos de fazer agora uma cura imposta por entidades externas que poria em causa as nossas possibilidades de crescimento económico, o nosso Estado social, que poria em causa direitos fundamentais dos nossos cidadãos, essa tese foi, pura e simplesmente, derrotada! O País enfrenta uma crise, que é uma crise grave, mas temos hoje condições para superá-la, e vamos, seguramente, fazê-lo!

Aplausos do PS.

Isto foi tambçm uma vitória da experiência, da maturidade, da competência,… O Sr. Miguel Macedo (PSD): — É a experiência que nos trouxe á bancarrota!… O Sr. Francisco de Assis (PS): — … da capacidade de apresentar e impor uma leitura adequada da situação em que o País se encontra. Isto é mérito indiscutível deste Governo, e não é demais salientá-lo aqui.
Temos agora, à nossa frente, um novo quadro, temos um horizonte de referência e temos razões para olhar para o futuro com confiança e com esperança. A circunstância de sabermos que temos dificuldades não significa que não tenhamos razões para ter esperança.
O País tem de fazer algumas reformas de fundo, e nós sabíamos que estas reformas tinham de ser feitas.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sabiam, mas não fizeram!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Aliás, grande parte destas reformas já começou a ser feita. No tempo em que tínhamos maioria absoluta neste Parlamento fizemos várias e importantes reformas — na saúde, na educação, na segurança social. Alterámos profundamente o Estado na Administração Pública, desburocratizámos, introduzimos os nossos programas.
Mas sempre que fazíamos reformas os senhores estavam do outro lado, do lado de que quem se opunha às reformas, de quem estava sempre na rua disponível para se associar a quem contestava às reformas.