O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 5

16

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sei aquilo por que muitas famílias passam porque acompanho muitas

dessas famílias — não são só as senhoras e os senhores que o fazem,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Está a «tirar a água do capote»!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — … muitos Deputados destas duas bancadas também o fazem e

conhecem bem a realidade do País.

Porque estamos muito preocupados queremos que esta questão se resolva o mais depressa possível. Ou

seja, queremos que a troica saia do País,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Somos gente séria!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Se sair, leva tudo! Se a troica sair, leva tudo!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — … na data em que foi acordado sair.

É isso que queremos para o País, para, depois, então, sim, podermos ter um País com a economia sólida,

efetivamente a crescer e deixar um projeto de sociedade para os nossos filhos que corresponda aos seus

desejos e que não os obrigue a emigrar, como, infelizmente, hoje em dia acontece.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista, do CDS-

PP.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: A agricultura gera cerca de 2%

do PIB, representa mais de 10% do emprego total do País (cerca de 540 000 pessoas) e, se acrescentarmos

ao setor agrícola o setor florestal, criamos aqui 6% do PIB e cerca de 15% do emprego.

A agricultura está a crescer a uma média anual de mais de 6%. As exportações agroalimentares assentam,

sobretudo, no vinho, nos produtos da pesca, nas hortícolas e frutícolas, no azeite, no leite e nos laticínios.

No caso do vinho, no 1.º semestre deste ano, houve um crescimento, em termos de volume, de cerca de

20,4% e, em termos de valor, de 11,4%. Ou seja, em termos de crescimento, de janeiro a junho de 2012,

temos, na balança comercial, um saldo positivo de 321,4 milhões de euros, só no setor do vinho.

Para além do vinho, poderíamos falar aqui do azeite, onde continuamos em crescimento e a conquistar

novos mercados. Exemplo disso é o que recentemente foi assinado entre o Estado português e o Estado

brasileiro para a exportação de azeite para aquele país.

Para além do que aqui fica dito sobre o crescimento na área das exportações (nos setores do vinho e do

azeite, que citei como exemplos), gostaria também de deixar aqui alguns dados, relativamente ao último ano

agrícola, no que diz respeito aos cereais. Em termos de área, os cereais, entre 2011 e 2012, cresceram: no

caso do milho em grão, mais 4%; no caso da cevada, mais 19%; no caso do trigo duro, mais 25%; e, no caso

do trigo mole, mais 28%. Este é o trabalho do último ano agrícola.

No setor florestal, continuamos a crescer e a exportar, seja na pasta de papel e no papel transformado,

seja no setor da cortiça (muito em particular, a rolha), seja na fibra e partículas, e ainda nos painéis de madeira

(e aqui uma nova modalidade de exportação são, sobretudo, as paletes para aquecimento, designadamente

para os países nórdicos e para Inglaterra).

Exportámos para novos mercados, de entre os quais destaco a China, a Polónia e o Brasil. A

internacionalização da economia é uma constante nos últimos anos, nomeadamente nos últimos dois anos e,

em particular, a partir do final do ano passado.

Em termos gerais, entre o 2.º semestre de 2011 e o 2.º semestre de 2012, crescemos, em termos de

exportações, 3,3%, passando de 35,4% para 38,7% do PIB.

A agricultura é o setor que, neste último ano, talvez tenha crescido mais, o que deve ser mantido, até

porque 70% do território nacional são áreas com aproveitamento agrícola ou florestal.