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28 DE SETEMBRO DE 2012

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empresas para que elas possam ser apoiadas na sua atividade produtiva, na produção de riqueza, de

emprego e de mais economia.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para fazer uma pergunta, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Lynce.

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Abel Baptista, começo por felicitá-lo pelo tema

que nos trouxe aqui. Julgo que é sempre um tema oportuno e, como se ouve tão pouco falar em agricultura, é

um motivo de regozijo.

Talvez este momento nos permita rever que o Governo, no seu Programa, definiu claramente a agricultura

como uma atividade estratégica para o desenvolvimento económico. Ao falarmos, fundamentalmente, na

balança comercial, estamos a caminhar para o ponto que, eventualmente, nos interessa. Hoje, o nosso défice

deve rondar os 30%, quando, eventualmente, já houve alturas em que foi de 50% ou de 60%.

De qualquer maneira, não quero deixar de referir algo que foi aqui abordado e que me parece ser injusto,

até pelas dificuldades resultantes da crise que temos no País. Neste momento, há uma preocupação de

continuidade: o que está bem é para continuar, o que está mal, vamos corrigir.

Penso que este é o caminho que a Sr.ª Ministra tem tentado seguir, mas é muito difícil para qualquer

ministro, com os meios de que dispõe neste momento, gerir um quadro comunitário que vem detrás e fazer

uma alteração. Esta é a realidade.

Então, o que é que vemos? Vemos que, neste momento, há progressos, que, aliás — digamo-lo

claramente, com justiça —, já no final do governo do Partido Socialista já se vinham a acentuar, em relação a

RPU (regime de pagamento único), que começou a ser pago a tempo e horas, e continua, e os próprios

investimentos do PRODER estão a ser pagos com um prazo menor. Tudo isto são situações que temos, neste

momento, de louvar, porque também fazemos coisas boas, como outros fizeram.

Por isso, sinceramente, não me parece que, neste momento, a Sr.ª Ministra tivesse capacidade para fazer

mais e aquilo que se exigia, que era a correção e o ajustamento do PRODER, foi feito. Se, porventura, não

tivesse havido coragem de corrigir o PRODER, provavelmente, neste momento, teríamos uma taxa de

execução bastante baixa. Esta terá sido a grande alteração feita por Governo.

De qualquer maneira, a ideia do Partido Socialista Democrata é a de que se deve manter a continuidade,

nomeadamente numa atividade como a agricultura, cujos resultados são a médio prazo, e quero deixar aqui

um louvor. É que, apesar das dificuldades, que todos conhecemos, nomeadamente a subida vertiginosa dos

fatores de produção quando isso não é compensado em relação ao que se paga aos agricultores, neste

momento, ainda há agricultores que continuam a lutar, a produzir mais, procurando que a atividade agrícola,

rapidamente, responda às necessidades de Portugal.

Gostava de ouvir a sua opinião sobre esta matéria.

Aplausos do PSD.

A Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista para responder.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Lynce, agradeço as suas questões

e aquilo que acabou de nos dizer.

Efetivamente, se há sectores onde é necessária alguma continuidade é nos sectores agrícola e florestal.

Primeiro, porque há determinado tipo de atividades que não correspondem a um civil, muito menos a um

ano agrícola; a pecuária e algumas instalações não podem ser feitas apenas para um ano, uma vez que a

atividade não é apenas a sementeira e a colheita, há muito a montante e jusante que é necessário trabalhar

nesta matéria.

Portanto, quanto a este trabalho, que o Sr. Deputado também referiu, é efetivamente verdade que houve

alguns problemas no passado que espero que estejam a ser corrigidos, e é isto o que tem vindo a acontecer

no último ano e meio por parte dos atuais titulares do Governo: corrigir algumas questões que estavam mal e