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4 DE OUTUBRO DE 2012

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O Sr. Luís Menezes (PSD): — De 30%!

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — É, pois, isto que estamos a fazer! Já estão 30%, mas, como tive

oportunidade de dizer, o trabalho não acabou, ainda há muito, muito a fazer, para desfazer os erros que os

senhores cometeram.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Entretanto, assumiu a presidência a Vice-Presidente Teresa Caeiro.

A Sr.ª Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado José Junqueiro para uma declaração política.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Há uma enorme apreensão dos

portugueses com a deterioração da atividade governativa, porque, para além dos erros que conduziram ao

afundamento da economia, ao crescimento do desemprego e ao descontrolo das contas públicas, sente-se

também o desnorte do Executivo e a falta de autoridade do Primeiro-Ministro.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — É isso mesmo!

O Sr. José Junqueiro (PS): — É o resultado de um governo esquisito, com menos ministérios, mas mais

confusão, com menos ministros, mas com mais assessores para vigiarem os próprios ministros. Foi assim que

nasceu Carlos Moedas e a sua equipa de «polícias» governamentais, incompetentes, diga-se, porque nunca

assistimos a tantas tolices como agora.

Foi assim que acabou de nascer uma equipa externa da maioria, Deputados ou dirigentes do PSD e do

CDS, para vigiarem as relações entre os membros do Governo, do PSD e do CDS, para controlarem a própria

maioria.

Se o ridículo pagasse imposto, Vítor Gaspar teria colhido, entre os seus colegas, o suficiente para cumprir

as metas do défice e não tinha necessidade de anunciar agora, aos portugueses, que o IRS vai ter um

aumento de 30%.

Aplausos do PS.

O consultor António Borges, despedido de funções internacionais por desempenho insuficiente, encontrou

no Governo português um porto de abrigo. Tem um superministério: se é preciso anunciar a privatização da

televisão pública, logo se substitui ao debilitado Ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares; se é

preciso anunciar o empobrecimento dos trabalhadores, lá se substitui ao ainda Ministro da Economia e

anuncia que «baixar salários não é uma política, é uma urgência nacional»; ou, se é preciso insultar os

empresários por não gostarem da TSU, lá se substitui ao Ministro de Estado e das Finanças.

Lavra, portanto, uma promiscuidade institucional sem precedentes e inaceitável.

O Presidente da Unidade Técnica para a Organização do Território, Manuel Porto, cujo único papel é

extinguir freguesias, aceitou esse mesmo papel de algoz do poder local, imiscuindo-se nas suas atribuições e

competências e fazendo, pelo Governo, o trabalho iníquo de quem não tem coragem para dar a cara. No

entanto, pasme-se, este Presidente acaba de se declarar contra a extinção de freguesias, contra o objetivo

primeiro do Governo, mas lá prossegue, sem pudor, no ser e não ser, no faz-de-conta, no estou contra, mas

extingo.

Aplausos do PS.

Aparece, entretanto, o tsunami da extinção de fundações,essas responsáveis pelas «gorduras» do Estado,

pelo «regabofe nacional». O País acordou sobressaltado com a notícia: estava descoberta a cura para a

consolidação orçamental, a esperança renascia, as fundações seriam aniquiladas. E António Capucho,