I SÉRIE — NÚMERO 15
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sido efetuado da forma mais justa e equitativa. Nesse sentido, estamos convictos de que também os
empresários do setor da restauração estão disponíveis para efetuarem os ajustamentos necessários nos seus
negócios,…
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Já não têm por onde ajustar!
O Sr. Fernando Virgílio Macedo (PSD): — … de modo a, por um lado, contribuírem para o esforço
coletivo de ajustamento financeiro do nosso país, e, por outro, manterem os seus negócios em atividade e com
rentabilidade.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Só se for um milagre!
O Sr. Fernando Virgílio Macedo (PSD): — Há que reconhecer que, tal como outras atividades
económicas, também algumas empresas do setor da restauração podem ter sentido uma diminuição do seu
volume de vendas, mas não é menos verdade que essa retração ocorreu sobretudo em consequência de os
consumidores estarem hoje mais prudentes nos seus hábitos e padrões de consumo.
O que recusamos liminarmente é a ideia que se tenta transmitir para a opinião pública de que tem existido
um aumento exponencial do número de falências de empresas deste setor, com a consequente destruição de
inúmeros postos de trabalho e em percentagens superiores à média global.
Com o esforço e o saber de todos os seus empresários, também as empresas deste setor têm conseguido
adaptar-se às novas exigências e dificuldades do mercado, e têm-no feito de forma notável e relevante.
Protestos do PS, do PCP, do BE e de Os Verdes.
Tenta-se ainda transmitir para a opinião pública a ideia completamente errada de que o aumento da taxa
de IVA provocou a diminuição da receita fiscal. Não é verdade!
Uma vez que não gosto de mentir e não gosto de emitir opiniões com base em sensações empíricas, pedi
uma informação à Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a evolução das cobranças de IVA neste
setor, tendo-me sido informado que, até à presente data, o valor do aumento da receita de IVA em 2012, no
setor da restauração, continua a ultrapassar o valor da diferença resultante da reestruturação da taxa desse
imposto para efeitos de Orçamento do Estado para 2012.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Então, está tudo bem?!…
O Sr. Fernando Virgílio Macedo (PSD): — Ou seja, objetivamente, os números desmentem as previsões
fatalistas que são feitas recorrentemente pelos partidos da oposição.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É preciso ter um descaramento!
O Sr. Fernando Virgílio Macedo (PSD): — Obviamente que as dificuldades diárias dos empresários deste
setor são uma realidade, mas não são superiores às dificuldades sentidas por outros setores da atividade
económica.
Sr.as
e Srs. Deputados, podem ter a certeza de que, logo que a condição financeira do País o permita, esta
bancada parlamentar estará na linha da frente, será a primeira a apresentar propostas para reduzir os níveis
de tributação generalizados no País, em particular neste setor, como reconhecimento da importância do
mesmo e por se tratar de um setor de mão-de-obra intensiva.
Porém, até estarmos nessas condições, há que manter o sentido de responsabilidade e resistir ao
facilitismo que nos levou, num passado recente, felizmente já ultrapassado, a uma situação de pré-falência do
nosso País. O mais importante é defendermos sempre o interesse nacional e termos a capacidade de resistir a
hipotecar o futuro em troca de facilitismos presentes.
Aplausos do PSD.