2 DE NOVEMBRO DE 2012
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O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Portugal não tem, felizmente, esses
problemas, mas tem outros. Além da dívida, do défice e da despesa, tem, obviamente, o crescimento, o
emprego e a mobilidade social.
O Sr. João Oliveira (PCP): — E as PPP! E o financiamento da banca!
O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — É com os nossos parceiros europeus e
internacionais que podemos e devemos avançar na resolução desses problemas, verificando a evolução do
seu pensamento sobre os programas de ajustamento e a respetiva flexibilidade, com uma atitude pró-ativa de
quem, por ter escolhido a via do cumprimento e não a da hesitação, ganhou credibilidade para poder resolver
melhor os seus problemas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Foi salvo da troica!
O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Aliás, no próximo exame sobre a despesa
estrutural, precisamos da ajuda dos nossos parceiros europeus e internacionais, olhando a evidência das
nossas circunstâncias económicas, sociais e fiscais, agindo técnica e politicamente para um esforço bem
sucedido.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O País terá Orçamento. É agora trabalho da Assembleia da
República procurar, na medida do possível, melhorar aspetos desse mesmo Orçamento. Viva Portugal!
Aplausos do PSD e do CDS-PP, de pé.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, com esta intervenção, terminámos o debate, na generalidade, da
proposta de lei de Orçamento do Estado para 2013.
Vamos dar início ao período regimental de votações, pelo que, antes de mais, necessitamos de proceder à
verificação eletrónica do quórum de deliberação. Assim, peço aos serviços que acionem o sistema e aos Srs.
Deputados que efetuem o registo eletrónico da sua presença.
Pausa.
O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Sr.ª Presidente, peço desculpa, permite-me uma interpelação à Mesa?
A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Sr.ª Presidente, antes de se iniciar a votação, quero interpelar a Mesa
no sentido de dizer que considero degradante a decisão de conduzir esta discussão em ritmo de marcha
forçada para evitar os protestos à porta da Assembleia da República.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Esta Casa não se esconde do povo, não está refém do povo, não está refém do País e a decisão tomada é
incendiária, é irresponsável e corresponde a atirar mais gasolina sobre a fogueira. É uma decisão degradante
e que envergonha esta Casa!
Aplausos de Deputados do PS.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, a sua intervenção não tem cobertura regimental, mas, se me permite,
estamos a usar o mesmo método que usámos no ano passado.