12 DE JANEIRO DE 2013
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O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Se fazer as reformas que já fizemos, como a reforma
laboral e todas as que referi, é sinónimo de incompetência, então, a Sr.ª Deputada tem uma definição de
incompetência baseada num dicionário muito particular.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Deve ser o da Albânia!
O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Quero apenas dar-lhe os resultados do QREN. Como
disse, no ano passado, foram injetados perto de 4000 milhões de euros na economia portuguesa, 900 milhões
de euros dos quais apenas no mês de dezembro. Foram já aplicados 62% dos fundos do QREN e a taxa de
execução não ficará longe deste número. Estamos a falar num aumento de mais de 50% em relação ao que se
tinha verificado no ano passado.
Gostaria de dizer que, quando tomámos posse, a taxa de execução do QREN era de 31% e, neste
momento, é de 60%. Se mantivermos este ritmo, seremos um dos primeiros Estados-membros da União
Europeia a executar integralmente o pacote de financiamentos comunitários do atual ciclo.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Está tudo a correr bem!…
O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — O QREN terminou o ano, e isto é muito importante, sem
pedidos de pagamento pendentes, pelo segundo ano consecutivo. Pela primeira vez na história dos fundos
comunitários, não temos pedidos de pagamento pendentes, pelo segundo ano consecutivo.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Em 2012, Portugal também foi o País da União Europeia que melhor executou os fundos comunitários do
QREN. Mas fizemos mais: entendemos que, para facilitar a vida das empresas, era importante simplificar o
QREN. Por isso, cortámos mais de 100 procedimentos e desburocratizámos o QREN, como disse, em todos
os procedimentos exigidos às empresas. Acabámos também com a garantia bancária que as empresas
precisavam de apresentar e, por isso mesmo, estamos a facilitar a vida das empresas, agilizando a entrada do
QREN na economia.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para formular perguntas, tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Artur
Rêgo.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Economia e do Emprego, pois a pulga de
que falou a Sr.ª Deputada Ana Drago é uma pulga que, desde 1995, é autofágica. Com preguiça de ir à
procura de comida, comeu as próprias pernas e, quando já não tinha pernas para comer, começou a pedir
comida emprestada e a endividar-se. Portanto, o que temos de fazer agora, e penso que é isso que este
Governo está a tentar fazer, não é dar-lhe paliativos nem uma cama para continuar deitadinha, mas fazer com
que a pulga volte a ter pernas para ir à procura de comida.
Uma das facetas que temos de encarar para resolver os problemas do País é, como aqui foi dito, a
reindustrialização, a criação de novas empresas,…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Deixar encerrar as que existem!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … a redinamização de setores há muito adormecidos, é o desenvolvimento
económico do País. Mas, Sr. Ministro, há uma outra faceta que ainda não foi aqui abordada e que também tem
de merecer as nossas preocupações e as preocupações do Ministério e, por isso, gostaria de saber, da parte
do Sr. Ministro, o que é que tem de ser feito e o que é que o Ministério tem feito.
Temos uma população desempregada de centenas de milhares e, dentro dessas centenas de milhares,
temos, basicamente, duas categorias: aqueles que estiveram na vida ativa e perderam o seu emprego, porque