I SÉRIE — NÚMERO 40
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interesses da região —, que nos próximos 10 anos não vai haver aumento de taxas aeroportuárias no
Aeroporto Sá Carneiro, ao contrário do que se passa, nomeadamente, em Lisboa. Vai haver diminuição das
taxas na Madeira, que são as mais elevadas da Europa, e manutenção das taxas em todos os aeroportos,
inclusivamente no aeroporto do Porto. Fazemo-lo por uma questão de justiça regional.
Fizemos o mesmo, aliás, no setor dos transportes, em que aumentámos os preços, tivemos de fazer uma
atualização das tarifas na região de Lisboa, harmonizando os preços com o que se passava no resto do País,
onde se pagava sempre muito mais do que na região de Lisboa.
Entendemos que é importante que haja justiça regional, por isso na privatização da ANA, assim como na
atualização dos preços dos transportes, temos tido por princípio orientador exatamente a justiça regional. É
por essa razão que digo que o aeroporto e os interesses da região Norte estão mais do que mais
salvaguardados nesta questão.
Sobre a questão dos portos, a centralização da gestão dos portos não está em cima da mesa.
Provavelmente, o Sr. Deputado viu essa notícia há alguns meses, mas ninguém vai avançar com a
centralização das administrações portuárias.
Gostaria de dizer que as administrações portuárias do Norte ficarão no Norte, as de Aveiro e da Figueira da
Foz serão também conjuntas; em Lisboa e Setúbal há a intenção de fazer uma administração conjunta, tal
como em Sines e Faro. Mas não há qualquer plano para fazer uma única holding. Haverá, certamente, uma
estrutura no Ministério da Economia e do Emprego, da qual serão emanadas diretivas para os portos
nacionais, mas não há uma estrutura central ou uma holding ao nível central dos portos.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para fazer uma pergunta, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cláudia Monteiro de Aguiar.
A Sr.ª Cláudia Monteiro de Aguiar (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, sabemos que o Governo está
empenhado em que, no âmbito dos fundos comunitários, essencialmente no próximo período, se estabeleça
como prioridade e como objetivo um ainda maior apoio às empresas, à sua industrialização, à sua
internacionalização.
As empresas que apresentam projetos integrados nos fundos comunitários acabam de demonstrar ao País
que têm aumentado as suas exportações na ordem dos 70%. Este é, de facto, um momento de viragem e é
com alguma perplexidade que oiço estas intervenções do Grupo Parlamentar do PS. Aliás, permitam-me citar
um emigrante, hoje em França, que outrora disse em Portugal que a opção do Governo estava feita e que
Portugal escolheu o caminho de mais qualificação, de mais inovação, de mais tecnologia, de criar
oportunidades para todos, em particular para os mais jovens.
Há momentos memoráveis, não há? São hoje 40% os jovens portugueses que estão lá fora, crentes nestas
palavras e com as expetativas goradas. É curioso ouvir o Grupo Parlamentar do PS, mas permita-me, Sr.
Ministro, dizer como o outro: falam, falam, não os vi fazer nem os vejo fazer nada!
Aplausos do PSD e do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.
Hoje discutimos o presente e projetamos o futuro. E, no momento presente, importa lembrar que nunca
tanto, como nos dias que correm, se falou em empreendedorismo.
Num contexto de necessidade de transformações estruturais do País, convém destacar as iniciativas
postas em prática por este Governo, orientadas para o empreendedorismo, para a competitividade e para a
inovação. São iniciativas que, de forma incisiva e direta, apoiam, em alguns casos, 75% a fundo perdido várias
fases de ciclo das vidas das start-ups, desde a conceção da ideia do Passaporte para o Empreendedorismo,…
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Passaporte para a destruição!
A Sr.ª Cláudia Monteiro de Aguiar (PSD): — … passando pelo arranque do projeto, com o Vale
Empreendedorismo no empreendedorismo qualificado, até ao desenvolvimento do negócio com o programa de
Ignição e o estímulo à contratação por start-ups.