22 DE MARÇO DE 2013
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O Sr. Ministro da Administração Interna: — Pior, o partido que deixou o País na bancarrota não se
preocupa em apresentar uma política alternativa; a única coisa que lhe interessa é voltar ao Governo e
assumir o poder.
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Chantagem!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — O partido que deixou o País na bancarrota não pensa no
futuro; o que tem é nostalgia do passado.
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Chantagem!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — O partido que deixou o País na bancarrota não está a pensar
nos portugueses; o que está é a pensar nos seus interesses, nos interesses dos seus dirigentes e das suas
clientelas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Está a ver-se ao espelho, Sr. Ministro?!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Se o PS tivesse
sentido nacional e visão estratégica, aceitava o debate sobre as questões de fundo que dificultam o presente e
que temos de solucionar para estruturar um futuro melhor.
Se assim fosse, o PS ajudaria a encontrar soluções, a construir caminhos de esperança, a resolver
problemas.
O tempo que vivemos, Srs. Deputados socialistas, não é o tempo da política como mero jogo político. Do
que o País precisa não é de arrogância, nem de crispação.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Olhe lá a sua intervenção!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Do que o País precisa é de responsabilidade, de humildade
e de sentido de interesse nacional.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Estou espantada!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — O que os portugueses esperam de todos nós, políticos,
sejam os do Governo, sejam os da oposição, é algo muito simples: é que sejamos capazes de construir pontes
de entendimento; é que tenhamos a humildade de sacrificar os imediatos interesses partidários e eleitorais e
legítimas diferenças ideológicas aos interesses nacionais; é que todos em conjunto, no Governo e na
oposição, sem prejuízo das diferenças políticas, tenhamos a superioridade moral e política para proceder à
nossa própria autocrítica e partir para um caminho de entendimento, em prol do interesse nacional, e para um
novo patamar de construção de uma nova esperança para Portugal.
É disto que o País precisa: de um Governo que saiba construir pontes de entendimento e de uma oposição
que saiba potenciá-las e não bloqueá-las. No Governo, é este o nosso propósito. Oxalá fosse essa também,
na oposição, a pré-disposição do Partido Socialista!
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — De que serve, Srs. Deputados, querermos sempre ganhar as
próximas eleições se estamos, ano a ano, a perder as novas gerações?