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I SÉRIE — NÚMERO 70

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O Sr. Mota Andrade (PS): — Isso é verdade!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Já chega ao País, às pessoas, às famílias, às empresas, o esforço, o

sofrimento que estamos a viver para recuperar da situação em que o Partido Socialista deixou Portugal.

O País, a maioria dos portugueses não quer nem precisa de jogadas de mera tática política e pessoal. Por

isso, Sr. Primeiro-Ministro, esta moção de censura terá, inequivocamente, desta maioria uma absoluta

rejeição!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Rejeitamos a instabilidade política! Rejeitamos a irresponsabilidade e

rejeitamos o egoísmo do Partido Socialista!

Vozes do PSD: — Muito bem!

Protestos do PS.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, Portugal chegou à sétima avaliação da troica

depois de reduzir em 13 000 milhões de euros a despesa pública, depois de diminuir o défice estrutural em

6%, depois de equilibrar a balança comercial e o défice externo, depois de conseguir uma subida consistente

das exportações, depois de uma trajetória sólida de descida das taxas de juro, depois de uma primeira bem

sucedida ida aos mercados e depois de decidir e começar a implementar várias reformas estruturais.

Sr. Primeiro-Ministro, foi ou não foi este capital acumulado, esta capacidade de cumprir objetivos que

permitiram flexibilizar as metas do défice e da redução da despesa?

Protestos do PCP.

Era possível ter a confiança dos nossos parceiros se tivéssemos falhado? Era possível pensar no regresso

aos mercados e no fim do programa em junho de 2014 se tivéssemos falhado? Se tivéssemos seguido a

receita do Partido Socialista, era possível evitar um segundo resgate com mais troica e mais austeridade?

Sr. Primeiro-Ministro, onde estávamos hoje, em 2013, se tivéssemos optado pela receita do Partido

Socialista? Onde estávamos, se tivéssemos optado por continuar a aumentar exponencialmente a dívida?

Onde estávamos, se tivéssemos continuado, como fizeram José Sócrates e António José Seguro, em 2009, a

falhar tremendamente o objetivo do défice?

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Exatamente!

Protestos do PS.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Imaginemos, Sr. Primeiro-Ministro, que em 2011 e em 2012 tinha

acontecido o que aconteceu em 2009 e 2010. Em vez do rigor e da austeridade, tínhamos feito como o Partido

Socialista fez: aumentávamos os salários, baixávamos os impostos, lançávamos investimentos públicos, as

PPP e coisas do género.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Exatamente!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O défice, que na altura era previsto ser de 2,2%, chegou ao fim do ano

em 10,2%.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Estão esquecidos!